HOMENAGENS À OYÁ



Significado de Iansã:
Epa Hei ,Iya Mesan Orun!(Salve a Mãe dos Nove Espaços do Orun)
Significa : Senhora da Tarde
Elemento: Fogo

Conhecida no Brasil como Yansã, cujo nome advém de algumas formas prováveis: Oyamésàn - nove Oyàs; usado como um dos nomes de Oyà
Ìyá omo mésàn, mãe de nove crianças, Iansã , que da lenda da criação da roupa de Egúngún por Oyà.

Ìyámésàn "a mãe (transformada em) nove", que vem da história de Ifá, da sua relação com Ogun.
Está associada ao ar, ao vento, a tempestade, ao relâmpago/raio (ar+movimento e fogo) e aos ancestrais (eguns). Na Nigéria ela é a deusa do rio Niger. Principal esposa de Xangô, impetuosa, guerreira e de forte personalidade, também rainha dos espíritos dos mortos, sendo reverenciada no culto dos eguns. Em yorubá, chama-se Odò Oyà. Senhora da etnia Modumbi. ,mulher de Xangô . Orixá que domina os furacões e ciclones . Iansã é o Orixá do fogo, do calor ; guerreira e regente das paixões.Iansã é a paixão,o desejo incontido,é o sentimento mais forte que a razão.Oya é o raio. É o seu poder. É a eletricidade.É a energia viva, pulsante e brilhante.


Suas contas são vermelhas ou tijolo, o coral por excelência, o monjoló (uma espécie de conta africana, oriunda de lava vulcânica). Seus símbolos são: os chifres de búfalo, um alfanje, adaga, eruesin [eruexin] (confeccionado com pelos de rabo de cavalo, encravados em um cabo de cobre, utilizado para "espantar os eguns").
Afefe, o vento, a tempestade, acompanha Oyà.

Seus adeptos não podem sequer encostar em carneiro e em volta dos pescoços usam contas de um certo tom de vermelho ( Marrom ).

Foi a única mulher de Sango que o acompanhou em sua fuga para a terra de Tapa, Oya tornou-se a divindade do Rio Níger. Os tornados e tempestades são as marcas de seu descontentamento.



OYÁ- HOMENAGENS, HISTÓRIAS E LENDAS

SENHORA DAS TEMPESTADES-OYÁ

Oyá ou Iansã, Rainha dos Ventos e Tempestades.
Conta-se a história que da linhagem da Princesa Ishedale nasceram deusas, mulheres adoráveis pela beleza protetoras dos rios, bosques, matas e montes, conhecidas na teogonia africana por Ayabas que em Yorubá significa “... rainha mulher do rei". Termo honorífico dado às divindades femininas da cultura Yorubana. Dessa linhagem nasceu Oiá-Iansãn.
Oiá é uma mulher selvagem que manifesta-se de várias formas naturais: nos tufões, nos terremotos, nos relâmpagos, no fogo, no rio Níger e nos búfalos. Questionar e descrever as diversas manifestações desta deusa, não é tarefa fácil, pois assim como vento, que tanto pode ser suave como violento, assim é a idéia religiosa da persistência de Oiá. Os iorubás já formulavam palavras cuidadosas sobre Oiá e os outros deuses com os quais ela partilha seu cosmos.

Nos padrões de manifestações da deusa Oiá, verifica-se que ela jamais recusa-se de participar nos enclaves do culto e da cultura ocupados por autoridades masculinas. Ela possuí também, uma língua afiada e tão ágil quanto sua espada. Volta e meia sua boca cospe fogo. É uma revolucionária! Se for excluída, torna-se extremamente violenta. Ela abriu caminho para chegar no panteão iorubá num furacão.
No nosso Brasil, esta deusa chegou nas cabeças de seus adoradores que viajaram acorrentados nos navios negreiros. Oiá, aqui é conhecida como Iansã, que quer dizer "Mãe de Nove". Esta prole que ela deu à luz, representa os nove estuários do rio Níger que deságuam no mar. Mas aqui no Brasil, o nove que seus adoradores cultuam refere-se ao jogo de mistério que ela preside. Por trás da cortina da morte, ela gera nove seres anômalos dos quais o mais novo reentra em nosso mundo com uma estranha voz, um poder de maldição e benção. Mas qualquer que seja o lado do Atlântico que nos encontramos, o nove sempre representará o número de Oiá. Mágico número, que quando multiplicado por qualquer outro, sempre retorna a si próprio nos dígitos alterados do produto.



Significado de Iansã:
Epa Hei ,Iya Mesan Orun!(Salve a Mãe dos Nove Espaços do Orun)
Significa : Senhora da Tarde
Elemento: Fogo

Conhecida no Brasil como Yansã, cujo nome advém de algumas formas prováveis: Oyamésàn - nove Oyàs; usado como um dos nomes de Oyà
Ìyá omo mésàn, mãe de nove crianças, Iansã , que da lenda da criação da roupa de Egúngún por Oyà.

Ìyámésàn "a mãe (transformada em) nove", que vem da história de Ifá, da sua relação com Ogun.
Está associada ao ar, ao vento, a tempestade, ao relâmpago/raio (ar+movimento e fogo) e aos ancestrais (eguns). Na Nigéria ela é a deusa do rio Niger. Principal esposa de Xangô, impetuosa, guerreira e de forte personalidade, também rainha dos espíritos dos mortos, sendo reverenciada no culto dos eguns. Em yorubá, chama-se Odò Oyà. Senhora da etnia Modumbi. ,mulher de Xangô . Orixá que domina os furacões e ciclones . Iansã é o Orixá do fogo, do calor ; guerreira e regente das paixões.Iansã é a paixão,o desejo incontido,é o sentimento mais forte que a razão.Oya é o raio. É o seu poder. É a eletricidade.É a energia viva, pulsante e brilhante.


Suas contas são vermelhas ou tijolo, o coral por excelência, o monjoló (uma espécie de conta africana, oriunda de lava vulcânica). Seus símbolos são: os chifres de búfalo, um alfanje, adaga, eruesin [eruexin] (confeccionado com pelos de rabo de cavalo, encravados em um cabo de cobre, utilizado para "espantar os eguns").
Afefe, o vento, a tempestade, acompanha Oyà.

Seus adeptos não podem sequer encostar em carneiro e em volta dos pescoços usam contas de um certo tom de vermelho ( Marrom ).

Foi a única mulher de Sango que o acompanhou em sua fuga para a terra de Tapa, Oya tornou-se a divindade do Rio Níger. Os tornados e tempestades são as marcas de seu descontentamento.





Na Cabala podemos dizer que Oyá é regida por Geburah. Seu planeta regente é Marte.

Eparrê Oyá!

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ORIXÁ OYÁ - IANSÃ
QUALIDADES e suas subdivisões:

1)Abomi ou Bomin: Tem fundamento com Xangô e Oxum.

2) Afefe: É ela quem comanda os ventos, tem caminhos com Obaluaiê e Egun. Veste vermelho e branco, também usa coral, o chorão de seu adê é alaranjado. Afefe, o vento, a tempestade, acompanha Oyá.

3) Akaran; Tiodô; Leié e Oniacará: Só encontrada em algumas casas. Sem referencias. ..

4) Arira: uma de suas formas.

5) Bagan: Não tem cabeça. Come com Exu, Ogum e Oxossi. Tem caminhos com Egun.

6) Bagbure: Não tem fundamento com nenhum Orixá. Parece pertencer ao culto de Egunguns...

7) Bamila: eró Oxalufan.

8) Biniká ou Benika: Tem fundamento com Oxum Opará.

9) Euá: Um Orixá em particular, mais que em alguns Ilês foram encontradas como forma de Oyá.

10) Filiaba: Tem fundamento com Omulu.

11) Gunán ou Gigan: Tem fundamento com Xangô.

12) Kedimolu: eró Oxumarê e/ou Omolu.

13) Kodun: eró com Oxaguiã.

14) Luo: eró ossaim; culto Nagô.

15) Maganbelle ou Agangbele: esse caminho mostra a dificuldade quanto à geração de filhos. Tem fundamento com Iroko e Xangô. Seu assentamento deve ser feito aos pés de Iroko.

16) Messan ou Yamesan: É a que foi esposa de Oxossi, meio animal e meio mulher. Só come caça com Oxossi nas matas. É a mãe dos nove filhos Oyá Mesan é um de seus epítetos.

17) Obá: Orixá independente, mais que em algumas casas foi encontrada como qualidade de Oyá.

18) Odo: Ligada às águas e apaixonada carnal, é muito louca por amor.

19) Ogaraju: É uma das mais antigas no Brasil.

20) Onira: É uma ninfa das águas doces e seu culto aqui no Brasil é confundido com o culto das outras Oyá's por ser uma grande guerreira. É saudada como Oyá, sendo seu culto na África totalmente diferente. Tem ligação com o culto a Egun. Tem grande ligação com Oxum, pois foi ela quem ensinou Oxum Opara a lutar. É muito perigosa por sua ligação e caminhos com Oxaguiã, Ogum e Obaluaiê. Veste coral e amarelo. É Rainha da cidade de Ira (filha ou mulher de Sàngó). "Onirá" na África é um título de Oiá, significando "Senhora da Cidade de Irá".

21) Onisoni: Tem fundamento com Omulu.

22) Petu: Nesse aspecto ela convive com Sàngó. Ligada aos ventos e as árvores. Vem sempre antes de Xangô, anunciando a sua chegada.

23) Semi: Tem fundamento com Obaluaiê.

24) Seno ou Ceno: Tem fundamento com Oxumarê.

25) Sinsirá: Tem fundamento com Obaluaiê.

26) Sire: Tem fundamentos com Ossaim e Ayrá.

27) Yapopo: Tem fundamento com Obaluaiê.

28) Tope ou Yatopé ou Tupé: Tem ligação com Xangô e veste-se de branco. Tem fundamento com Ogum e Exu.

29) Gbale ou Igbalé ou Balé (aquela que retorna a terra):
É a Deusa dos mortos. É Ligada diretamente ao culto de Egun, por isso é a senhora dos cemitérios. Tem pleno domínio sobre os mortos, trazendo consigo uma falange de Egun que ela controla, pois todos temem seu poder. O culto a Egun nasceu nas mãos de igbalé quando ela fora buscar uma substancia que permitia a Xangô soltar fogo pelas narinas. Oyá ficou sabendo que o povo Tapa iria invadir a cidade de Baribas, então forrou na beira de um rio um pedaço de pano vermelho, colocou algumas cabaças, evocou os mortos e aquele pano tomou vida e saiu voando na direção dos inimigos, colocando-os para correrem apavorados. Devido a sua ligação com Egun é proibido vesti-la de vermelho, sua vestimenta é branca.

Subdividem-se em:
1) Gbale Adagangbará: Tem fundamento com Exu.
2) Gbale Afakarebó ou Fakarebô: Não é feita em seus eleitos. É a verdadeira dona do ebó, é a ela que é entregue todos os ebó's. Seus caminhos levam diretamente a Exu e Egun. Seus rituais são todos feitos no murim, cabaças e porrões.
3) Ate Oju: Orisá Igbalé aspecto difícil de Oyá quando caminha com Nanã.
4) Gbale De: não temos referências.. .
5) Egunitá: Orisá Igbalé. (Igbalé são as Oyá's das almas, também conhecidas como Iansã de Balé). Egunitá é ligada ao culto dos Eguns. Seu fundamento é mais forte. É a senhora que caminha com os mortos.
6) Igbalé Fuman: (Afefe Yku Funan: A Senhora do Fogo e dos ventos da Morte). Caminha com Ogum e Obaluaiê. Tem caminhos também com Egun e Ikú. Veste branco e pode usar azul-claro.
7) Gbale Furé: Usa uma foice na mão esquerda e um eruexim na direita. Veste branco e por cima das vestes a palha da costa. Dança como se estivesse carregando na cabeça uma enorme cabaça. Em suas vestes são penduradas pequenas cabaças, no tornozelo direito uma pulseira de aço. Tem ligação direta com o culto aos Eguns. Preside a vida e a morte.
8) Gbale Guere ou Logunere: uma de suas formas. Tem forte fundamento com Ogum e Omulu.
9) Gbale Lario:Não temos referencias
10j) Lesseyen = uma das Igbalé que mora no próprio Lesseyen.
11) Gbale Min:Não temos referencias
12l) Gbale Toning be.:Não temos referencias
Essas Oyá's estão ligadas ao culto dos mortos, quando dançam parecem expulsar as almas errantes com seus braços. Todas elas parecem Têm forte fundamento com Omulu, Ogum e Exu.
Ps: Temos informações de alguns terreiros que cultuam todas as Oyá's (9 qualidades) como Igbales, não havendo nenhuma forma de Oyá não ligada aos Eguns.



SUAS QUALIDADES
- OYA YGBALÈ
É a deusa dos mortos. É ligada diretamente ao culto de ÉGÚN, por isto é a senhora dos cemitérios. Tem pleno domínio sôbre os mortos, trazendo consigo uma falange de ÉGÚNS que ela controla e administra , pois todos temem o seu terrível poder.
O culto a ÉGÚN nasceu nas mãos de YGBALÈ, quando ela fora buscar uma substância que permitia a XÀNGÓ soltar fogo pelas narinas. OYA ficou sabendo que o povo TAPÀ iria invadir a cidade dos BARIBAS , então forrou na beira do rio um pedaço de PAMP vermelho, colocando em cima algumas cabaças, envocou os mortos e aquêle pano tomou vida e saiu voando na direção dos inimigos, colocando-os para correr apavorados com aquela visão grotesca e horrorosa , livrando, assim, o povo de BARIBAS e nascendo o culto de ÉGÚN. Devido a sua relação com ÉGÚN é proibido vesti-la de vermelho. Sua vestimenta é branca.

Essas Oyàs estão ligadas ao culto dos mortos, quando dançam parecem expulsar as almas errantes com seus braços. Tem forte fundamento com Omulu, Ogun e Exú.
Com Oyá igbalé ou Ya Mesan Orun ou ainda OYÁ OMO MESAN, 8 tem fundamento com Ogum e Omulú a 9ª. com Exú.
YÁ Mensan Orun, nove céus ou nove planetas são todos espaços abstratos paralelos ao Aiye, local onde Olodumare "Deus Yoruba", os orixás e os "espíritos" egunguns habitam. Justamente aqueles que não precisam do èmí "sopro divino" (emi).
Mensan Orun também é um dos títulos pertinente à Oya, carinhosamente chamada pelo povo do santo de Oya mensan orum, Oyamensan ou simplesmente Iyansan, pelo fato de ser a responsável de levar o espírito dos mortos ao seus respectivos oruns.
Nove tipos de Orun
• Orun Rere. Espaço reservado para aqueles que foram bons durante a vida.
• Orun Alàáfià. Espaço de muita paz e tranquilidade, reservado para pessoas de gênio brando, ou índole pacífica, bondosa, pacata.
• Orun Funfun. Reservado para os inocentes, sinceros, que tenha pureza de sentimento, pureza de intenções.
• Orun Bàbá Eni. Reservado para os grandes sacerdotes e sacerdotisas, Babalorixás, yalorixás, Ogans, Ekedes, etc.
• Orun Aféfé. Local de oportunidades e correção para os espíritos, possibilidades de reencarnação, volta ao Aiye.
• Orun Ìsòlú ou Àsàlú. Local de julgamento por olodumare para decidir qual dos respectivos oruns o espírito será dirigido.
• Orun Àpáàdì. Reservado para os espíritos impossíveis de ser reparado.
• Orun Burúkú. Espaço ruim, ibonan "quente como pimenta", reservado para as pessoas más.
• Orun Mare. Espaço para aqueles que permanecem, tem autoridade absoluta sobre tudo o que há no céu e na terra e são incomparáveis e absolutamente perfeitos, os supremos em qualidades e feitos, reservado à Olodumare, olorun e todos os orixás e divinizados.

O importante mesmo é não perder de vista que se trata de um único Orixá. Aquilo a que chamamos qualidades e subdivisões, na maioria dos casos tem que ver com a origem do seu culto em África, é dizer, que as diversas famílias, tribos e nações que foram trazidas de África para o Brasil e resto do mundo, conheciam todas elas o mesmo Orixá, mas em cada região tinham as suas formas particulares de culto preceitos e fundamentos diferentes. Na maioria dos casos, essas qualidades se referem a características específicas do Orixá e esses nomes exaltam precisamente essas características. Muitas vezes esses nomes ou qualidades se referem também a cidades ou lugares por onde o culto desse Orixá foi difundido.



Os nove filhos de Iansã
O nome Iansã, como dito acima, significa "mãe de nove" (com Ogum, Oxóssi ou Xangô, dependendo da versão) e uma versão do mito conta que oito nasceram mudos e o último, Egun, graças aos sacrificios recomendados por Ifá, nasceu com o poder de falar com voz estranha e sobrenatural. Algumas tradições especificam os nomes dos nove filhos que, segundo uma delas, seriam:

Imalegã - nasceu no primeiro dia. Foi tirado do ventre de Oiá pelas Iyami e envolvido em abanos;

Iorugã - foi envolvido em palha seca e alimentado com talos de bananeira. Nasceu com a vaidade de Oiá e é o preferido.

Akugã - nasceu do terceiro dia da tempestade e foi criado nas touceiras de bambu. É rebelde. Não se deve tocar o chão do bambuzal.

Urugã - alimenta-se das folhas das bananeiras e esconde-se nas florestas. Faz buracos.

Omorugã - alimenta-se do pó do bambu que está caído no chão. Vive no milharal e fica escondido nos bambuzais observando os seres humanos.

Demó - Oiá cobriu-o de lama para saber os segredos de seus inimigos. Usa pele de búfalo para acompanhar Oxóssi.

Reigá - Acompanha os mortos e ronda os cemitérios. Esconde-se nas grandes árvores dos cemitérios e ronda as sepulturas à procura de objetos perdidos ou esquecidos pelas pessoas.

Heigá - É violento e vive perseguindo o Ori do ser humano. Propicia desastres e desordens;

Egungun - Oiá preparou-o para combater. Apossa-se do ser humano, fazendo-o cometer desatinos.



IANSÃ NA UMBANDA
Na umbanda, o símbolo de Iansã é uma taça ou cálice e as contas usadas por seus filhos e filhas são amarelas. Ela é normalmente sincretizada com Santa Bárbara, mas com Santa Madalena na qualidade de Oyá Funã, e com Santa Joana D'Arc na de Oyá Iybalé. Na interpretação mais tradicional, é a líder de uma das falanges da linha de Iemanjá, como "Cabocla Iansã".
Em outra interpretação, é considerada parte da linha de Xangô. Atua como o pólo ativo da linha da Justiça, enquanto Xangô é seu aspecto assentado ou imutável.
Chamada também de "A Virgem da Coroa", Iansã é de expressão séria e porte de guerreira, batalhadora e lutadora. Iansã na umbanda incorpora com expressão altiva e com o braço direito estendido para cima e com a mão direita a balançar, como se estivesse chamando os raios. Sua imagem é a de Santa Bárbara, ou seja, uma moça de cabelos claros com uma túnica vermelha por cima de um vestido amarelo, segurando um ramo ou uma espada. As cores de Iansã na Umbanda variam conforme a região, o que se reflete nas cores de suas velas votivas. No centro do país os terreiros usam as cores amarela ou vermelha. Já no Rio Grande do Sul alguns terreiros usam a cor azul-escura.



REGÊNCIAS
Atributos
O alfange, o eruexim e chifres de búfalo.

Dia
Quarta-feira, juntamente com Xangô.

Festa
4 de dezembro, dia de Santa Bárbara, com quem está identificada.

Cores
Ela usa a sua roupa de saia rodada nas cores de marrom-avermelhado, um adê com lindos filás de contas na cabeça, colares de miçangas no pescoço. Usa também o vermelho e branco, branco com rosa, estampado com vermelho.

Colares:
Contas grenás ou fio de coral ou miçangas marrons, banhado em água de verbena.

Sacrifícios
Cabra, galinha e galinha-d'angola (conquem)

Comidas rituais
Acarajé e abará. Detesta abóbora. Tem horror a carneiro.

Oferendas
Acarajé, ecuru, romã, oferecidos no mato.

Frutas
Manga rosa, uvas, pêra, maçã morango, melão laranja, banana, figo, ameixas, romã, grosselha, pêssego, pitanga, framboesa e cajá.

Bebidas
suco das ervas e dos frutos, além da água da chuva e champanha

Flores: São as que tenham a coloração coral de preferência e outras como a dracena, a papoula, rosas vermelhas e crisântemo, e o gerânio.

Folhas
Para-raio, louro, flor de coral, brinco de princesa, manga rosa, peregum(vermelho), pata de vaca, umbauba (vermelha), anis, língua de vaca, sensitiva, espada de Iansã (borda amarela), bambu, periquitinho, amoreira.

Quizília
folhas secas, lagartixa.

Força da natureza
Ossários, jardins, caminhos, cumes, vento.

Mineral
Coral e cobre ou prata.

Pedras
Rubi, coral, granada.

Perfumes
Verbena, drástico vermelho, violeta, madeira, Shoking de Skiaparelli.

Como usar
Passar no corpo alternadamente, às quartas e sextas-feiras.

Filhos famosos
Helena de Tróia, Joana D'Arc, Santa Bárbara. Anita Garibaldi.

Assentamento
Pedra do raio ou do fogo e búzios.

Símbolo
Rabo de cavalo e espada.

Saudação
Eparreyi (ÊPA-HEI! - o "H" é aspirado). A saudação EPA-HEI OYÁ quer dizer : Olá, jovial e alegre Oyá).

ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE IANSÃ
Características dos filhos de Oyá
Vaidade, altruísmo, velocidade do pensamento, tagarelice, alegria. Os filhos de Iansã são as pessoas mais animadas e felizes, pois fazem festa com tudo. Tem um forte dom para magia e uma incrível capacidade de adaptação.
Para os filhos de Oyá, viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa. Escolhem seus caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vão a luta e conquistam o que desejam.
São pessoas atiradas, extrovertidas e diretas, que jamais escondem seus sentimentos, seja de felicidade, seja de tristeza. Entregam-se a súbitas paixões e de repente esquecem, partem para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido. Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, são extremamente fiéis à pessoa que amam, mas só enquanto amam.
Essas pessoas tendem a ser autoritárias e possessivas; seu gênio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas. Os relacionamentos longos só acontecem quando controlam seus impulsos, aí, são capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que se tornem os senhores da situação.
Os filhos de Oyá, na condição de amigos e amados, revelam-se pessoas confiáveis, doces, amáveis....mas cuidado!!!, os mais prudentes não ousariam lhe trair a confiança. Um filho de Oyá, nunca perdoaria tal façanha e ainda estaria com risco de passar vergonha ou apertos ao seu lado .

O comportamento de seus filhos pode ser explosivo, como uma tempestade, ou calmo, como uma brisa de fim de tarde.
Só uma coisa tira Iansã do sério: mexer com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte.
São pessoas extremamente agitadas, organizadas, capazes, trabalhadeiras, e chocantemente sinceras.
Dependendo de determinadas situações, ou se não encontrar pessoas que sigam seu ritmo podem transformar-se em filhos ranzinzas, rancorosos, ciumentos e reclamam de tudo.



Mais sobre os filhos de Iansã:
São pessoas audaciosas, poderosas, astutas, e ciumentas, dedicadas ao companheiro, não admitindo ser enganadas, fieis e leais, podendo mudar caso seja contrariadas em seus projetos, são vistosas, e tem muito apetite sexual, são do momento, estão sempre bem diante dos problemas, sabem viver na tempestade, são irrequietas, tem muita energias e dinamismo.

Iansã, a Senhora dos Ventos e das Tempestades, a Deusa Guerreira.

Seu filho é conhecido por seu temperamento explosivo. Está sempre chamando a atenção por ser inquieto e extrovertido.
Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor aos outros a sua vontade. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar.
Em estado normal é muito alegre e decidido. Questionado torna-se violento, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro.
Tem um prazer enorme em contrariar todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo na vida, quando fica tentado por uma aventura.
Em seus gestos demonstra o momento que está passando, não conseguindo disfarçar a alegria ou a tristeza. Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de peito aberto.

Ciumento demonstra um certo egoísmo porque não se importa com que os outros sofram pelo seu gênio reconhecidamente mal-humorado.

É leal e objetivo. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe prejudica o convívio social. Por ser tão marcante seu gênio, se este fosse controlado, o que não é difícil, seria pessoa muito mais feliz e querida.



Para definir bem a influência dos orixás nas pessoas vou contar uma estória engraçada: eu explicava para um grupo as
influências dos Orixás nas pessoas.

Veja um fato simulado:

Duas pessoas brigando.
Passa um filho de Ogum...
Ou ele passa direto e nem olha, ou já vai se meter na briga.
.
Um filho de Xangô para, fica olhando, e já começa a reclamar.
Coitado do baixinho! Por que será esta briga? Acho que aquele
alto não tem razão. E pior, nem sabe brigar. É um fraco. E fica questionando....
.
Um filho de Oxossi para, senta no chão e, rindo, fica assistindo
e se deleitando com a briga.
.
Alguém indagou qual seria o comportamento das filhas do povo da água.
Bem, disse, uma filha de Iemanjá...
Chamaria os dois, colocaria suas cabeças em seu colo e os acalmaria
recomendando paz.
.
Uma filha de Iansã já reclamaria e chamaria a polícia.
.
Bem, perguntou alguém...
E uma filha de Oxum, que faria?
Nada, respondi. Nem poderia...
"Os dois estavam brigando por ela!"

kkkkkkk...Amei essa historinha..Mãe Oxum é Linda mesmo!


PARA MINHA MÃE IANSÃ

Santa guerreira que ao meu lado caminha
Com sua espada de ouro e sua taça na mão
És para mim toda beleza,
E és toda a minha emoção.
Guardo-a em meu coração.
E quando sua saia roda,
Irradia em mim amor e paixão pela vida...,
Deusa da Ventania
És a Rainha vencedora de guerras e batalhas
junto com meu Pai Ogum
Iansã você fez a sua morada,
com sua saia saia rodada
No romper da madrugada
No meu coração.
Eparreiiiiiiiiiiiii Oyá!!!
Saravá "Bella" Iansã,
Minha mãe é Rainha, é Orixá...
Mãe Eu te Amo!!!
Mãe Eu te Amo!!!
Mãe Eu te Amo!!!
(Autora: Bella Zingara Strega di Luce)





A mulher de iansã
A mulher de Yansã é sempre aceita e admirada onde quer que vá. Não é do tipo que faz charme quando esta a fim de alguém: declara-se logo abertamente, da mesma forma que é rapidíssima para dar o fora em alguém. Nunca lhe faltarão admiradores, já que é dona de uma beleza natural que é a chave do seu sucesso. Não é vaidosa, mas se necessário, sabe se vestir e se comportar como uma rainha. Para estar ao seu lado, o homem precisa ser inteligente, bonito, sóbrio, bom papo e de preferência, místico.

É uma mulher super ativa sexualmente e disposta a tudo para manter seu romance.

AFINIDADES

Com homens de Ogum, Xangô, Oxumaré, Oxóssi, Oxalá, Obaluayiê, Exu e Ibeji.

Magia de Iansã
Deu um clarão no Céu
As núvens se esconderam
mas de repente deu uma ventania
era a Dona dos Raios
Iansã que aparecia
Tão linda como ouro na cor
sua Coroa é cravejada
de Brilhantes
Epahei, Epahei Oya
Ilumiona os meus caminhos
Por onde eu passar


A dança do vento

As danças dos orixás são diferentes entre elas. O sentido profundo das danças, como do ritual em geral não pode ser completamente descoberto, porque existem vários significados estratificados e alguns são perceptíveis apenas pelos iniciados.

Nas coreografias de Oiá , os passos são pequenos e rápidos, ela è o elemento ar em movimento, enquanto os braços movimenta-se com força afastando qualquer um da sua frente. O corpo pode ser dobrado para o chão, com uma carga muito ameaçadora, mais freqüentemente é direcionado para o alto. Como diz Augras (1983:153):

“pode-se observar muitos detalhes que sugerem a fusão, na figura de Oiá-Iansã, de várias divindades, de origens diversas”.... A Oiá relacionada com Oxossi, “... foi provavelmente uma deusa agrária, ligada aos cultos da fecundidade e do boi”.

Oiá viveu em várias épocas, por isso possui ligações com vários orixás masculinos. O fato de ser uma mulher-búfalo deixa bem claro a sua ligação com uma era pré-histórica antiga e a sua relação com Oxossi, rei do mato e com Ogum da mesma estirpe de Odê, o caçador. A sua ligação com Xangô originam-se dá descoberta do fogo que ela doa aos homens. A ligação com Ogum é esclarecida também pelo seu trabalho junto com ele na forja, para manipular o ferro. Enfim, sabe-se que de Omolu, a livre deusa recebe o poder sobre os Eguns [7], que, em algumas lendas, seriam os próprios filhos de Oiá-Iansã. Todos esses aspectos e outros mais são expressados nas suas danças nas quais existem os seguintes aspectos gerais:

1) - um movimento circular no começo para delimitar o espaço sagrado, no qual ela concentra as energias da natureza: o ar, a água e o fogo. Essa rotação é feita também com movimentos dos braços que viram com o corpo todo, e simbolizam o ar que, em movimento, torna-se vento e, sempre mais rapidamente, furacão e tempestade (água).

2) - um movimento com linhas quebradas e continuamente mutante de direção. Como me explicou uma filha de santo, “o ar está em todo lugar, em cima, embaixo, de lado, em qualquer lugar”. Por seguir o movimento do ar, Oiá-Iansã encontra sempre novas direções, possui o espaço sagrado e ocupa-o agressivamente;

3) - um movimento nervoso, com impulsos súbitos e rápidos, que descreve a eletricidade e a impaciência dessa energia;

4) - um movimento fluido e leve, que expressa o ar leve e a doçura do orixá, levando os espíritos dos mortos ao orum.

O primeiro movimento pode ser entendido a partir da discussão anterior sobre a roda sagrada. Aponta a construção de um espaço mágico, onde se concentra e onde se fazem concentrar as forças da natureza. Também o redemoinho que Oiá-Iansã faz sobre si mesma è o movimento do elemento ar. Ela ocupa muito espaço, sobretudo ao nível horizontal. Às vezes, abre os braços, puxa a cabeça para trás e roda sobre si mesma, desenhando uma espiral com o próprio corpo. Deixa claro, através da sua postura firme, que precisa de muito espaço e que é dona deste. A utilização do espaço é diferente da observada nos outros orixás femininos, Iemanjá e Oxum, que dançam com movimentos de menor dimensão horizontal. Quando Iemanjá locomove-se como onda, por exemplo, ela ocupa um espaço mais em vertical e também seu movimento é um andar e um vir para si mesma, é um movimento mais introspectivo, mais ligado à interioridade, enquanto Oiá-Iansã movimenta-se para o exterior, ela é mais ligada à ação.
Quanto ao terceiro aspecto, Oiá-Iansã movimenta-se em diagonal. Anda pelo barracão, sem uma meta precisa, qualquer coisa nova a seduz e provoca um repentino câmbio de direção. Esse movimento transmite o frêmito e a curiosidade de Oiá, que está sempre a procura de algo ou de alguém. Pode parecer quase desesperada, nesse seu andar sem meta e com tanta energia. Oiá é um orixá jovem e guerreiro, que abre os caminhos, lutando e limpando as marcas dos Eguns em qualquer lugar.

O último aspecto é a leveza que ela expressa quando afasta os mortos, transporta algo, ou abre o caminho para os seus devotos. Nessa sua qualidade, ela parece mais flexível. Aqui demonstra a sua generosidade, transportando as almas ao orum, para uma nova vida.

Os níveis do seu corpo no espaço, níveis que, do baixo passam para o alto, expressam sensualmente o elemento ar. Nem os pés estão postos no chão. É muito diferente, por exemplo, o nível da dança de Iemanjá, que utiliza mais o nível médio e baixo. Para fazer um exemplo, quando Iemanjá dança representando a onda do mar, o corpo permanece mais nesses dois níveis. Ela expressa o lado feminino da fecundidade, da reprodução, do interno e, por isso, é mais chegada ao nível baixo, aos órgãos sexuais e da reprodução, ao útero, enquanto Oiá é mais ligada ao nível médio e alto por que ela não tem relação com os órgãos internos, mas com a aventura, com a ação livre, com o externo.

Analisando os níveis espaciais, pode-se reconstruir toda a história mitológica de Oiá.

- Quando ela dobra-se para o chão, é a guerreira, que se prepara a lutar ou a mulher-bufalo. Nessa fase, as lendas contam a sua vida afetiva com Ogum e Oxossi, orixás do mato;

- Quando ela levanta-se de nível, representa a sua ligação com Xangô, a magia do fogo;

- Quando o nível é alto, representa o ar, e as lendas contam a sua ligação com os espíritos dos mortos, que ela transporta no orum.
Ela toma consciência do espaço dinamicamente, andando, explorando, procurando. Enquanto Iemanjá é mais estática, para, tem o andamento devagar de uma grande rainha, constrói ao seu redor círculos concêntricos que vão sumindo aos seus limites. Este uso diferente do uso do espaço, provavelmente, origina-se dos diferentes povos que cultuavam as duas divindades. Segundo Leroi-Gourhan (1977: 130):

“A mitologia dos caçadores organiza-se ao redor de um espaço itinerante, como o caminho dos astros ou dos heróis, enquanto a mitologia dos agricultores-sedentários organiza-se ao redor de um espaço radiante, como o paraíso sobre uma montanha com a árvore da sabedoria ao centro e quatro rios que vão aos limites do mundo”.

As danças de Iemanjá são muito diferentes, são constituídas por movimentos amplos, os pés posam mais no chão, a demostrar o equilíbrio, enquanto os braços movimenta-se com grande fluidez. O corpo está levemente dobrado para o chão em uma forma redonda a lembrar a forma materna da deusa e a sua disponibilidade em acolher e em conduzir, o corpo todo expressa o movimento rítmico das ondas, mas também o mistério da água que traz do fundo do mar para as superfícies as riquezas e o encanto do mar.


AMOR EM VERSOS PARA
IYAMI ALÁKÒKO: OIÁ - IANSÃ

Ê ê ê epa, Oiá ô.
Grande mãe.Iá,ô.
Beleza preta
No ventre do vento.
Dona do vento que desgrenha
as brenhas
Dona do vento que despenteia os campos
Dona de minha cabeça
Amor de Xangô...Toma conta de mim.


AKARAJÉ
Comida ritual da orixá Iansã. Na África, é chamado de àkàrà que significa bola de fogo, enquanto je possui o significado de comer. No Brasil foram reunidas as duas palavras numa só, acara-je, ou seja, “comer bola de fogo”. O acarajé, o principal atrativo no tabuleiro, é um bolinho característico do candomblé. Sua origem é explicada por um mito sobre a relação de Xangô com suas esposas, Oxum e Iansã. O bolinho se tornou, assim, uma oferenda a esses orixás. Mesmo ao ser vendido num contexto profano, o acarajé ainda é considerado, pelas baianas, como uma comida sagrada. Por isso, a sua receita, embora não seja secreta, não pode ser modificada e deve ser preparada apenas pelos filhos-de-santo. O acarajé é feito com feijão-fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaços grandes e colocado de molho na água para soltar a casca. Após retirar toda a casca, passar novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescenta-se cebola ralada e um pouco de sal. O segredo para o acarajé ficar macio é o tempo que se bate a massa. Quando a massa está no ponto, fica com a aparência de espuma. Para fritar, use uma panela funda com bastante azeite-de-dendê ou azeite doce. Normalmente usam-se duas colheres para fritar, uma colher para pegar a massa e uma colher de pau para moldar os bolinhos. O azeite deve estar bem quente antes de colocar o primeiro acarajé para fritar. Esse primeiro acarajé sempre é oferecido a Exu pela primazia que tem no candomblé. Os seguintes são fritos normalmente e ofertados aos orixás para os quais estão sendo feitos.



Yansã é a deusa da tempestade, do fogo e da sensualidade. Simboliza as mulheres guerreiras e todas as pessoas que têm determinação e vivacidade. Destemida e justiceira, nada teme. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiante na mesma proporção que exterioriza a sua raiva e o seu ódio.

É a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento. Capaz de grandes esforços para conquistar os homens e para proteger seus rebentos. Sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. É o retrato da mulher batalhadora que vende quitutes no mercado para sustentar seus noves filhos.

“Iansã é uma mulher guerreira e batalhadora”, diz a antropóloga Teresinha Bernardo, da Pontifica Universidade Católica de São Paulo.

“Iansã encarna a mulher dos séculos 20 e 21, que sabe o que quer e vai à luta”, diz o antropólogo Júlio Braga, diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e cultural da Bahia.


IANSÃ É TRANSFORMADORA

Tem também ligação com a floresta, onde se esconde, entra como mulher e se transforma num búfalo - considerado Sagrado e nobre por muitas tribos – carne alimentava o povo, o couro fornecia roupa e abrigo, os ossos forneciam ferramentas. Propicia a caça e alimento abundante.

Oyá recebeu, de Olorun, a missão de transformar e renovar a natureza através do vento, que ela sabe manipular. O vento nem sempre é tão forte, mas, algumas vezes, forma-se uma tormenta, que provoca muita destruição e mudanças por onde passa, havendo uma reciclagem natural. Normalmente, Oyá sopra a brisa, que, com sua doçura, espalha a criação, fazendo voar as sementes, que irão germinar na terra e fazer brotar uma nova vida. Além disso, esse vento manso também é responsável pelo processo de evaporação de todas as águas da terra, atuando junto aos rios e mares. Esse fenômeno é vital para a renovação dos recursos naturais, que, ao provocar as chuvas, estarão fertilizando a terra.


IANSÃ É O FOGO.
É a quentura, o aquecimento, o aconchego e a aproximidade. O fogo das paixões, da alegria, o fogo que dá a faísca, o impulso. De temperamento forte, sensual e autoritário. É a lava vulcânica destruidora, a devastação e o incêndio pelas chamas.

IANSÃ OYÁ É O RAIO.

É a beleza desse fenômeno natural, é o seu poder, a sua eletricidade.

É o choque elétrico, a energia que gera o funcionamento de rádios, televisões, máquinas.

Iansã está presente no ato simples de acendermos uma lâmpada ou uma vela. É a energia viva, pulsante, vibrante. Yansã está intimamente ligada aos avanços tecnológicos

IANSÃ OYÁ É A SENHORA DOS ESPÍRITOS MORTOS.

Senhora dos eguns, como se diz no Candomblé.

É ela que servirá de guia, quem indicará o caminho, ao lado de Obaluayê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo.

OYÁ RELACIONA-SE COM TODOS OS ELEMENTOS DA NATUREZA.

Oyá é puro movimento. Não pode ficar parada, para não extinguir sua energia. O vento nunca morre, ele está sempre percorrendo novos espaços.

Embora tenha sido a primeira esposa de Xangô, Oia percorreu vários reinos usando sua inteligência, astucia e sedução aprendeu de tudo.

Foi paixão de Ogum, Oxaguian, Exu. Conviveu e seduziu Oxóssi, Logun-Edé e tentou, em vão, relacionar-se com Obaluaiê.

Em Ifê, terra de Ogum, foi a grande paixão do guerreiro. Aprendeu com ele e ganhou o direito do manuseio da espada e ganhou deste o direito de usá-la.

No auge da paixão por Ogum, Iansã partiu, indo a Oxogbô, terra de Oxaguian, aprendeu e recebeu o direito de usar o escudo para se proteger.

Quando Oxaguian estava tomado de paixão por Oyá, ela partiu. Pelas estradas deparou-se com Exu. Com ele se relacionou e aprendeu os mistérios do fogo e da magia.

No reino de Oxóssi, seduziu o deus da caça, aprendendo a caçar, tirar a pele do búfalo e se transformar naquele animal com a ajuda da magia aprendida com Exu.

Seduziu o jovem Logun-Edé, filho de Oxossi e Oxum e com ele aprendeu a pescar.

Oyá partiu, então, para o reino de Obaluaiê, pois queria descobrir seus mistérios e até mesmo conhecer seu rosto.
Uma vez chegando ao reino de Obaluaê, Iansã tratou de insinuar-se:
- Como vai o Senhor das Chagas?
No que Obaluaê respondeu:
- O que Oyá quer em meu reino?
- Ser sua amiga, conhecer e aprender, somente isso. E para provar minha amizade, dançarei para você a dança dos ventos!
(Dança que, por sinal, Iansã usou para seduzir reis como Oxossi, Oxaguian e Ogum).
Durante horas Iansã dançou, sem emocionar ou, sequer, atrair a atenção de Obaluaê. Incapaz de seduzir Obaluaê, que jamais se relacionou com ninguém, Iansã então procurou apenas aprender, fosse o que fosse. Assim, dirigiu-se ao homem da palha;
- Obaluaê, com Ogum aprendi a usar a espada; com Oxaguian, o escudo; com Oxossi aprendi a caçar; com logun-edé a pescar; com Exu aprendi os mistérios do fogo. Falta-me apenas aprender algo contigo.
- Você quer aprender mesmo, Oyá? Então, ensinar-lhe como tratar dos mortos!
De inicio Iansã relutou, mas seu desejo de aprender foi mais forte e, com Obaluaê, aprendeu a conviver com os eguns e controlá-los.

Partiu, então Oyá, para o reino de Xangô. Lá, acreditava, teria o mais vaidoso dos reis e aprenderia a viver ricamente. Mas, ao chegar ao reino do deus do trovão, Iansã aprendeu muito mais que isso… Aprendeu a amar verdadeiramente e com uma paixão violenta, pois Xangô dividiu com ela os poderes do raio e deu a ela o seu coração.







"Nenhum vento poderá desviar a minha barca,
Nenhum raio mudará o meu caminho…"
-Autor Desconhecido-




Oiá-Tempo - Logunan



Oiá - Tempo (Logunan),ao falarmos nessa Mãe Orixá,não estamos falando na mesma Iansã Oiá conhecida por muitas,estamos esclarecendo aqui neste texto as funções diferenciadas,a Mãe Oiá Tempo (Logunan)atua no Tempo Cronológico,ou seja Eras Passadas,Eras Presentes e Eras Futuras,já a Mãe Iansã - Oiá atua sobre os Tempos Climáticos como as tempestades,ventanias,e etc...Sendo assim cada uma delas atua de forma diferentes na vida dos seres.
Davi P.Bucheb.

Oiá é a orixá do Tempo e seu campo preferencial de atuação é o religioso, onde ela atua como ordenadora do caos religioso

O “Tempo” é a chave do mistério da Fé regido pela nossa amada mãe Oiá, porque é na eternidade do tempo e na infinitude de Deus que todas as evoluções acontecem. A orixá Oiá forma um pólo magnético vibratório e energético oposto ao do orixá Oxalá, e ambos regem a linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda, que são as sete irradiações divinas do nosso Criador. Logo, o campo de atuação de nossa amada mãe Oiá é o campo da fé, onde flui a religiosidade dos seres, todos em continua evolução.

Oiá é a regente cósmica da linha da Fé, e tempo é o vazio cósmico onde são retidos todos os espíritos que atentam contra os princípios divinos que sustentam a religiosidade na vida dos seres.

“Tempo”, eis as qualidades, atributos e atribuições negativas de Oiá, de que tanto falamos e alertamos aos supostos pais de Santo ou magos negros que recorrem ao “Tempo” para prejudicar seus semelhantes com seus ebós sujos e suas magias negras. Oiá é a orixá regente do pólo negativo da linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda e, com Oxalá assentado em seu pólo positivo, dão sustentação a todas as manifestações da fé e dão amparo a todos os “sacerdotes” virtuosos e guiados pelos princípios divinos estimuladores da evolução religiosa dos seres.

Quando Oiá “vira no tempo”, seja contra um seu filho direto quanto um seu filho indireto (que têm a coroa regida por outros orixás), então sua vida entra em parafuso e só deixará de rodar quando esgotar tudo de desregrado e desvirtuado que nela existia. Isto é Oiá, amados filhos dos orixás! Mãe religiosa por sua excelência divina, mas mãe rigorosa por sua natureza cósmica, cujo principal atributo junto dos espíritos humanos é o de esgotar o lobo sanguinário que oculta-se por baixo da pele de cordeiro.

Enquanto Oxalá é irradiante, Oiá é absorvente, e enquanto os filhos de Oxalá são extrovertidos, os de Oiá são introspectivos e até um tanto tímidos, pois a natureza forte de sua mãe divina exige deles uma certa “beatitude” já que, das mães divinas, ela é a mais ciumenta por seus filhos amados e a mais rigorosa com os seus filhos relapsos. Isto é Oiá, amados filhos das nossas amadas mães divinas!

Se ela é assim, é porque ela é a orixá que, junto com Oxalá, rege a primeira linha de Umbanda, que é a linha da Religiosidade. Logo, os filhos de Umbanda, que têm em Oxalá o divino Pai da Fé, também devem cultuar a divina mãe Oiá. Com ele no pólo positivo e ela no pólo negativo, forma-se o par dos orixás excelsos que regem a linha da Fé e estimulam a religiosidade nos seres.

Divindades: Oiá
Linha: Cristalina
Pedra: Quartzo fumê Rutilado, Sodalita
Irradiação: Fé
Vela/Cor: Branca, preta, Azul escuro
Sincretismo: Joana D’arc
Saudação: Olha o Tempo!
Ponto de Força: Campo aberto
Oferendas/Rituais

Mãe Oiá: Velas branca, azul escuro, prata, coco seco, licor de anis, maracujá maduro, abacaxi, carambola. Pode oferendá-la no tempo.

OYÁ – oferendamos Oyá quando necessitamos despertar ou equilibrar a religiosidade em nossas vidas, ou seja, é a Ela que clamamos quando nossa fé ou nossa religiosidade está desvirtuada pelo fanatismo, quando está ausente ou até pela má utilização da fé. É Oyá quem absorve os excessos da fé. A Ela também solicitamos envolver, purificar e redirecionar, com suas ondas espiraladas, os eguns perdidos no tempo, aqueles espíritos que ha muito tempo vagam no astral, que já se encontram perdidos e com seus mentais vazios tornando-se alvos fáceis para as grandes quiumbas que os escravizam e os utilizam para o mal. Além desses tipos de eguns, Ela também recolhe aqueles que nos acompanham desde muito tempo, de vidas passadas, e que por um sentimento de vingança emocional nos envolvem desequilibrando-nos até hoje. Ela é a Dona do Tempo cronológico.

Ervas Quentes(Descarrego):Cânfora,cipó suma,eucalipto,orégano,bambu(folhas),pinhão branco,tiririca,chorão(salgueiro),...
Verbos atuantes nas ervas quentes:resfriar,retornar,girar,inverter,paralisar(no tempo),congelar,virar,voltar,puxar,esgotar,...

Ervas Mornas(Equilibradoras):Benjoim,chapéu de couro,hortelã(mentas),nóz de cola(obi),sabugueiro,rosa amarela,girassol,peregun rajado(dracena),incenso folhas(ibosa),limão folhas,cipó prata,erva de santa luzia,imburana sementes,losna,pichuri,verbena,capuchinha,mil folhas,sensitiva,...
Verbos Atuantes nas ervas mornas:Conduzir,gostar,encontrar(ligado a fé),levar(adiante),fluir(no tempo),adiantar(no tempo),acelerar,temporizar,trazer,levar(adiante),nivelar,graduar,eternizar,...









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