CONTOS DA VOVÓ
A NEGA VÉIA FICA SEM JEITO!(PSICOGRAFIA)
"Meus filhos,que a paz de Oxalá esteja em vossos corações!
Tenho andado pensando,meditando aqui no meu cantinho,em como é difícil fazer vocês compreenderem as coisas do espírito.Muitas das vezes vocês deixam a "nega véia"sem jeito.A nega véia explica,explica e o vento leva ligeiro,a memória de vocês para as coisas de Deus é curta,mas nós vamos "incumpridar"a custa de paciência e oração.
A "nega véia" escuta as perguntas de vocês,a vontade de ter tudo resolvido logo,sem trabalho,sem aprimoramento,sem aprendizado.Vocês dizem assim:"vim aqui porque preciso resolver isso e aquilo."ou então dizem assim:"vó,aquele meu problema vai se resolver?vó vai acontecer tal coisa?"E assim vai,sempre as mesmas perguntas,a resposta é impossível!!Agora a nega véia pergunta:E A LEI DA CAUSA E EFEITO?E A COLHEITA PLANTADA POR CADA UM QUE PRECISA SER COLHIDA?E O LIVRE ARBÍTRIO QUE PRECISA SER RESPEITADO?Então meus filhos,a vó ajuda vocês,mas sem passar por cima das leis divinas,a vó é uma obediente trabalhadora e vocês devem ser filhos obedientes do pai oxalá.Meus filhos,não queiram escapar de suas responsabilidades,enfrentar sempre é melhor do que fugir,querer que nós do astral, resolvamos a bagunça que vocês fazem.Cada ato uma consequencia,se não resolver agora meus filhos,fica para depois,mas hora ou outra tem que olhar de frente o que assusta,caso contrário meus filhos,vira assombração e nunca deixará vocês viver em paz.A nega véia está aqui para dar a mão a vocês,igual a nega véia faz com as crianças,lá na cidade astral de Aruanda,ensinando a rezar,a superar,a "alumiar" o caminho deles e do próximo através da fé no criador e nas divindades,mas a nega véia ensina responsabilidade,lá até os mais novinhos,antes de aprender a falar,já vai no jardim com a nega véia,plantar rosas,com suas maozinhas pequenas e cheias de luz,eles não se intimidam com o trabalho,ficam encantados com os resultados de sua coragem,as lindas,únicas e perfumadas rosas azuis que só existem lá. em Aruanda,meus pequeninos enfrentam a saudade de casa,é um início díficil,sentem falta da maezinha que ficou,mas é sempre uma alegria ver como eles aprendem,superam,enfrentam e crescem.Em poucos dias estão correndo pelos campos,fazendo arte,brincando com os coleguinhas e encantando a nega véia com sua força e doçura.
Olha meus filhos,vocês estão com medo do trabalho e assim não verão o resultado abençoado da coragem e da fé.A vó fica sem jeito quando vê que vocês esquecem as lições, os ensinamentos,os conselhos que a vó lhes dá.Peçam sabedoria para resolver suas dificuldades,mas não peçam que a espiritualidade resolva por vocês, nenhum guia ou mentor fará isso,não lhes faltará amparo na hora difícil,mas o caminho tem que ser percorrido com seus próprios pés,eu lhes ofereço minha mão em nome do criador.A vó não diz o futuro de ninguém,nem poderia,e os oráculos sagrados foram criados apenas para o auto conhecimento,como terapia espiritual,mas jamais prevê o futuro de ninguém,é apenas mais uma terapia usada para melhoria emocional do encarnado,assim como a terapia das cores,fluidificação solar das águas e muitas outras terapias auxiliares na melhoria interior do encarnado,minha menina(a médium) estudou e juntamente com a corrente astral,aprimorou essas terapias que são usadas em nossa casa espiritual,mas com responsabilidade e sabedoria.Se a vó fica sem jeito,imaginem minha menina(médium),ela não quer desagradar ninguém,e fica sem palavras para responder o que vocês perguntam,(EU VOU CONSEGUIR?VAI ACONTECER QUANDO?EU VOU FICAR DOENTE?EU FAÇO ISSO OU AQUILO?)compreendem e caminhem,tenham paciência,cultivem a fé,esperem e confiem,enquanto isso,façam o melhor que puderem e não tentem advinhar o futuro,pois ele é mutável,depende de vocês.O papel de um médium não é responder advinhações,o médium tem limitações que o corpo carnal impõe,o médium não pode de forma alguma tirar dos outros o direito e o dever de viver suas experiências,o médium auxilia e estende seu amor e seus dons em pról do próximo.
QUE SUAS MENTES SE ABRAM PARA AS COISAS DO ESPÍRITO.FIQUEM COM O PERFUME DAS ROSAS AZUIS.
VÓ MARIA CONGA DO CRUZEIRO,A NEGA VÉIA QUE AMA OCÊS TODOS"
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Nêga véia costuma dizer que se os fios num confiar,
Zambi não vai conseguir atuar! .....
Motumbá, Mocuiu, Kolofé aos Irmãos do Candomblé e Umbanda!
Muito Beijos com muito Axé
É com grande satisfação que faço essa homenagem
à esta entidade de Luz com quem me dá um imenso
prazer em prestar à caridade.
Amo demais você minha velha amiga!
E é com o intuito de prestar a caridade de sanear
o espírito e o corpo de todos que aqui passarem
que estou abrindo este cantinho.
Aqui serão postados ensinamentos filosóficos, fábulas
e verdadeiras lições de vida, para que antes
de reclamarmos sobre qualquer coisa em nossas
vidas, ferirmos à nós mesmos com pensamentos
toscos e mesquinhos, e/ou com palavras ou ações
inconvenientes aos nossos irmãos..
pensemos nas palavras das nossas
Almas Benditas.
Muito Axé à todos
SALVE AS ALMAS BENDITAS!
ORAÇÃO
Prece aos Pretos Velhos
Meus benditos Pretos e Pretas Velhas,
Meus Santos, guias e espíritos protetores.
Mestres divinos da Linha das Almas..
Abençoai esta casa e os meus passos.
Aplacai as forças dos nossos inimigos.
Meus queridos Pretos Velhos,
que a sua candura e bondade
recaia sobre nós como
o véu do divino amor.
Meus Pretos Velhos,
dai-nos a fé, a esperança
e a felicidade.
Eu adorei as Almas!
Saravá, meus Pretos Velhos!
Saravá Maria Conga do Cruzeiro!!!
História da Velha Conga
VOVÓ MARIA CONGA DO CRUZEIRO
“De onde ela veio, Angola, Congo, Moçambique, Guiné, Luanda, não importa, pois a sua presença representa um lenitivo para as nossos sofrimentos e uma lição de vida daquela preta velha, que com o seu cachimbo branco, saia carijó, terço de lágrimas de nossa senhora, senta-se em um toco de madeira no terreiro e conta os fatos de sua vida em terra brasileira, começando dizendo que só o fato de podermos conviver com nossos filhos é uma grande dádiva. Vinda da África distante, filha de Pai Rei Congo e Vovó Cambinda, chegou a Bahia pelos navios tumbeiros a escrava que foi dado o nome de Maria. Como sua origem era da tribo do Rei do Congo, foi chamada de Maria Conga. Naquele tempo as negras eram coisas e destinadas a cuidar da lavoura, a procriar, a gerar filhos que delas eram afastados muito cedo, até mesmo antes de serem desmamados. Outras negras alimentavam sua cria ou de outras escravas, assim como tantos outros candengues foram amamentados pela Vovó Maria Conga.
Quase todas as mulheres escravas se transformavam em mães; cuidavam das crianças que chegavam à fazenda sem saber para onde foram enviados os seus pais, rezando para que seus próprios filhos também encontrassem alento aonde quer que estivessem. Os orixás africanos, desempenhavam papel fundamental nesta época. Diferentes nações africanas que antes guerreavam, foram obrigadas a se unir na defesa da raça e todos os orixás passaram a trabalhar para todo o povo negro. As mães tomavam conhecimento do destino de seus filhos através das mensagens dos orixás. Eram eles que pediam oferendas em momentos difíceis e era a eles que todos recorriam para afastar a dor. Vovó Maria Conga para deixar de ser uma reprodutora passou a se utilizar de algumas ervas, e pelo fato de ser uma escrava forte, foi enviada para a plantação de cana, onde a colheita era sempre motivo para muito trabalho e uma espécie de algazarra contagiava o lugar, pois as mulheres cortavam a cana e as crianças, em total rebuliço, arrumavam os fardos para que os escravos os carregassem até o local indicado pelo feitor. Foi numa dessas ocasiões que Maria Conga soube que um dos seus filhos, afastado dela ainda no período de mamentação, tinha se tornado um escravo forte e trabalhava numa fazenda próxima. Então o amor falou mais forte e seu coração transbordou de alegria e nada poderia dissuadi-la da idéia de revê-lo. Passou Maria Conga a escapar da fazenda, correndo de sol a sol, para admirar a beleza daquele forte negro.
Nas primeiras vezes não teve meios de falar com ele, mas os orixás ouviram suas súplicas e não tardou para que os dois pudessem se abraçar e derramar as lágrimas por tanto tempo contidas. Parecia a ela que eles nunca tinham se afastado, pois o amor os mantivera unidos por todo o tempo. Certa tarde, quase chegando na senzala, a negra foi descoberta. Apanhou bastante, foi acorrentada, mas sempre conseguia passar os seus pés pelos grilhões e não deixou de escapar novamente para reencontrar seu filho. Mais uma vez os brancos a pegaram na fuga, novamente a acorrentaram com os grilhões nos pés e como ela ainda insistisse uma terceira vez resolveram encerrar a questão: queimaram sua perna direita, um pouco acima da canela, para que ela não mais pudesse correr.
Impossibilitada de ver o filho, com menor capacidade de trabalho e locomoção, Maria Conga começou o seu lamento de dor e passou a cuidar das crianças negras e de seus doentes. De repente, Maria Conga foi encontrada calada, triste, com o coração cheio de tristeza ao saber que seu filho tinha sido morto quando tentava fugir para vê-la. Seu comportamento mudou e de alegre e tagarela passou a ser muito séria, mas sempre cuidava dos escravos doentes e de outros negros que vinham procurar o seu conselho e contava histórias de reis negros para as crianças, de outras terras além mar, onde não havia escravidão.
Um dia os escravos ao procurar pela Vovó Maria Conga dentro da senzala, estranharam o seu sono sereno e o seu semblante alegre ao dormir. Como o sol rompeu e a escrava não acordava os escravos a foram chamar, foi onde houve a surpresa, não encontraram o corpo, pois Maria Conga desencarnou e não mais estava neste plano terrestre, pois Orumilá a havia resgatado, para se tornar mais uma estrela da sua constelação. De nada adiantou os feitores açoitarem os escravos, pois os mesmos não sabiam como explicar o sumiço da escrava Maria Conga. Então os escravos passaram a adorar como uma santa e toda vez que necessitavam das suas curas , entoavam:
Brilhou uma estrela no céu
Oxalá mandou Maria Conga na terra
E lá no mar as ondas batiam, saravando a preta velha Maria Conga da Bahia.”
SARAVÁ A TODOS
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SEGUIREI AGORA COM UMA HISTÓRIA DE UM CÃO. É UMA VERDADEIRA LIÇÃO DE VIDA.
PODERIA COLOCAR A HISTÓRIA DE UM SER HUMANO. MAS PREFERI À DELE.
É PARA LEMBRAR À TODOS O QUANTO SOMOS TODOS IMPORTANTES NO MUNDO, CADA UM NO SEU PAPEL, INDEPENDENTE DE KARMAS E PROBLEMAS...SEJAM ELES FÍSICOS, MENTAIS OU FINANCEIROS. POIS TODOS DEVEM SEGUIR EM FRENTE COM FÉ E DETERMINAÇÃO. POIS TEMOS QUE LEMBRAR QUE TUDO O QUE PASSAMOS AQUI DEVE-SE À NOSSAS LAPIDAÇÃO E ELEVAÇÃO ESPIRITUAL.
POR TANTO DEVEMOS CUIDAR MAIS DE NÓS MESMOS, DA FAUNA QUE NOS CURA DOS MALES, E DOS ANIMAIS NOS DÃO O AMOR INCONDICIONAL.
UM CACHORRO CHAMADO "FÉ"
Esta é a estória de um cachorro que nasceu na véspera do Natal de 2002
Ele nasceu com 3 pernas - duas saudáveis e uma anormal, na frente, que teve de ser amputada.
Certamente ele não conseguia andar quando nasceu. Mesmo a sua mãe não o aceitou.
Ele foi rejeitado e desdenhado.
Seu primeiro dono também nem acreditou que ele sobreviveria. Assim sendo ele até pensou em eliminá-lo.
Naquela época, sua atual dona Jude Stringfellow entrou em sua vida e desejou cuidar dele.
Ela estava determinada a ensiná-lo e treiná-lo para andar por si só.
Ela acreditava que só precisava de um pouco de FÉ.
Por isso ela lhe deu o nome de "Faith" (= Fé).
No começo ela colocava FAITH numa prancha de surf para que ele sentisse os movimentos da água. Mais tarde lhe dava pasta de amendoim, numa colher, como um premio e recompensa por ter ficado ereto e saltar pela casa.
Até outros cachorros da casa o ajudavam e encorajavam a caminhar. Surpreendentemente, depois de apenas seis meses, como que num milagre, FAITH aprendeu a se equilibrar em suas duas patas traseiras e saltar se movendo para a frente. Depois de mais algum treinamento na neve ele pode caminhar como um ser humano!
FAITH adora passear.
Não importa para onde ele vai ele sempre atrai as pessoas à sua volta . Agora ele está ficando famoso no cenário internacional. Ele já apareceu em vários jornais e espetáculos de TV. Há, inclusive, um livro cujo título é "With a Little Faith" (Com um pouco de fé), publicado a seu respeito.
Ele chegou a ser cogitado para aparecer num dos filmes de Harry Potter.
Sua atual proprietária, Jude Stringfellow deixou seu trabalho e carreira como professora, para levá-lo através do mundo, para orar:
"mesmo sem um corpo perfeito, alguém pode ter uma alma perfeita."
Na vida sempre acontecem coisas indesejáveis.
Talvez uma pessoa que sinta que as coisas não estão indo bem como desejaria, talvez venha a se sentir melhor mudando seu ponto de vista e ver os fatos sob uma nova perspectiva.
Talvez esta mensagem possa trazer a todos novas formas de pensar e encarar a vida.
Talvez, todos possamos apreciar e agradecer cada dia maravilhoso que se seguirá.
A Vida é uma demonstração contínua do poder do pensamento positivo e de ter fé.
Acredite em você!
AS FÁBULAS DO TEMPO DA VOVÓ, SÃO REAIS LIÇÕES DE VIDA.
Alguns podem não entender o que tem haver essas fábulas, nesta Comunidade...
Mas com certeza, elas irão mexer de alguma forma com os sentidos de percepção de todos...E ao meu ver, as fábulas com suas conhecidíssimas finalizações, nos dão lições de vida preciosas...
Engraçado, toda vez que leio uma fábula, parece que por trás dela tem sempre um preto-velho escondidinho.
Vamos à elas? São para pensar.....
A fábula do porco-espinho...
Durante a era glacial muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente.
Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso, decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados. Então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam, assim, a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima poderia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E assim sobreviveram...
(Autor: ESOPO)
Moral da História: O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e consegue admirar suas qualidades.
Antes de Continuar as fábulas, devo fazer uma ressalva ao autor chamado ESOPO um suposto escravo:
Esopo, o mais conhecido entre os fabulistas, foi sem dúvida um grande sábio que viveu na antiguidade. Sua origem é um mistério cercado de muitas lendas. Mas, pode ter ocorrido por volta do ano 620 A.C.
Várias cidade se colocam como seu local de nascimento, e é comum que o tratem como originário de uma cidade chamada Cotiaeum na pronvíncia da antiga Frígia, Grécia.
Acredita-se que já nasceu escravo, e pertenceu a dois senhores. O Segundo, viria a torná-lo livre ao reconhecer sua grande e natural sabedoria. Conta-se que mais tarde ele se tornaria embaixador.
Em suas fábulas ou parábolas, ricas em ensinamentos, ele retrata o drama existencial do homem, substituindo os personagens humanos por animais, objetos, ou coisas do reino vegetal e mineral.
MUITÍSSIMO INTERESSANTE ESTA NOTA QUE ACHEI. ESOPO, SUPOSTAMENTE FOI UM ESCRAVO, E VEM ATRAVÉS DOS SÉCULOS PASSANDO SUA SABEDORIA ATRAVÉS DAS FÁBULAS.
AGORA TENHO TENHO PLENA CERTEZA NÃO ESTOU FAZENDO ESTE TÓPICO À TOA E NEM "SOZINHA". ACHO QUE NÃO ESTOU PURA NÃO.... RSRSRS
Vamos continuar contando historinhas...Tenho certeza que vai servir como aprendizado e lição de vida para alguém....
A Raposa e as Uvas
Uma Raposa, morta de fome, viu, ao passar diante de um pomar, penduradas nas grades de uma viçosa videira, alguns cachos de Uvas negras e maduras.
Ela então usou de todos os seus dotes e artifícios para pegá-las, mas como estavam fora do seu alcance, acabou se cansando em vão, e nada conseguiu.
Por fim deu meia volta e foi embora, e consolando a si mesma, meio desapontada disse:
Olhando com mais atenção, percebo agora que as Uvas estão todas estragadas, e não maduras como eu imaginei a princípio.
Autor: Esopo
Moral da História:
Ao não reconhecer e aceitar as próprias limitações, o vaidoso abre assim o caminho para sua infelicidade.
HISTÓRIAS DA VOVÓ
Oferendas de Encruzilhadas
Francisco era um homem que conheceu desde muito jovem as dificuldades materiais da vida e acostumado a trabalhar desde o nascer do sol até a noite chegar, agora se aposentava. Saudável e com muita energia, não demonstrava seus cinqüenta e oito anos. Embora de família humilde, recebeu a melhor educação possível transmitida pelo exemplo de seus pais. A única herança que não quis herdar dos progenitores foi à fé. Incrédulo, não seguia nenhuma religião e até zombava delas. A ociosidade que a aposentadoria trouxe para seu Francisco, o deixava ansioso. Agora que já havia reformado a casa, o galpão, plantado a horta, os dias demoravam muito a passar. Relembrando o dito popular que "cabeça vazia é oficina do mal", em pouco tempo Francisco sentiu vontade de começar a divertir-se já que até então só havia pensado em trabalho. Morando próximo à cidade, ao entardecer resolveu visitar uma casa de diversões que existia por lá. Entre bebidas, mulheres e prazeres, perdeu a noção de tempo e retornava cambaleante já de madrugada, quando ao chegar numa encruzilhada avistou uma luz fraca no chão.
Chegando próximo percebeu que ali tinha um "despacho", como chamavam aquilo por lá. Uma bandeja grande onde repousava uma ave morta, velas, charutos e uma garrafa de cachaça, além de outros materiais. Aliado a sua falta de crença em qualquer coisa, estava agora a bebedeira e todas as energias condizentes ao lugar de onde viera. Com desdém e desaforando com palavrões, juntou a garrafa de bebida e os charutos e chutou o resto do material. Até chegar em casa bebeu quase tudo e fumou alguns charutos. No outro dia contava para a esposa sobre o "achado" e debochava com sarcasmo. A bondosa mulher, cuja mãe em vida era médium benzedeira, respeitava todas as manifestações ligadas ao mundo espiritual, conforme ensinamentos que havia recebido e por isso chamou a atenção do marido, dizendo-lhe que, se não acreditava deveria pelo menos respeitar. "Não presta mexer com trabalho de encruza", repetia ela preocupada. Outras noites a cena se repetiu da mesma forma, até o dia em que ao chutar a oferenda, enxergou na sua frente um homem de capa negra, com um chicote trançado na mão. Sua perna paralisou no ar e em pânico saiu pulando numa perna só, caindo e levantando. Por uma boa distância ainda, ouvia a gargalhada daquele homem ressoando no ar. No outro dia, sentia dor nas costas como se houvesse apanhado e só de lembrar a cena vivida na noite anterior, arrepiava de medo.
Temia contar para a esposa, pois sabia que o condenaria novamente pela atitude. Esta, vendo o marido cabisbaixo e triste, perguntou se estava adoentado. Nada respondeu, pois sentia-se como se estivesse, inclusive apresentando febre. Seus sonhos passaram a ser povoados pelo homem de negro e sua gargalhada. Acordava aos gritos e suando muito. Várias noites se repetiram desta maneira, até que resolveu contar para a esposa o que havia acontecido. Ela o aconselhou a tomar umas benzeduras, convidando para ir até um terreiro na vila vizinha. Meio renitente, mas sentindo a necessidade, ele aceitou com um misto de medo e curiosidade. Após a abertura dos trabalhos com os pontos cantados e orações, ele já se sentia mais tranqüilo. Em frente ao médium que servia de aparelho ao um Caboclo, suas pernas tremiam que mal conseguia parar em pé. Nos ouvidos agora ressoava novamente a gargalhada do homem de negro e seu corpo arrepiava sem parar. Teve vontade de sair correndo daquele lugar, mas suas pernas não o ajudavam. Auxiliado pela esposa e pelo cambono, sentou-se numa cadeira para poder ser atendido pelo caboclo. -Ogum é que está de ronda…Ogum é que vem rondar… -cantava a corrente, enquanto a entidade limpava com uma espada de São Jorge, o seu corpo etérico impregnado pela energia captada na encruzilhada. Depois com a firmeza característica de sua linha, o caboclo ordenou que ele ficasse de pé e lhe contasse porque estava ali.
Desajeitado, mas já mais tranqüilo, falou: _ Acho que mexi com o que não devia. Andei chutando uns "despachos" na encruzilhada e me apavorei com um homem estranho, que acredito não ser deste mundo… _ Tranqüilize que tudo o que é possível ver, ouvir e sentir é deste mundo sim. O senhor acha certo ou errado a sua atitude? _ Ah, eu não sei…Só fazia aquilo por brincadeira… _ E se alguém fosse até a sua casa, chegasse lá chutando os móveis e quebrando tudo, se apoderando de sua comida na hora da refeição, iria gostar? _ Lógico que não! _ Pois é meu senhor. Foi o que fez lá na encruzilhada e por várias vezes, não foi? _ É, foi. _ O que não nos pertence não pode ser por nós seqüestrado. Não importa se o que estava lá é certo ou errado diante de seu entendimento. Além do físico, aquilo tudo tinha uma duplicata etérica que pertencia a alguém no mundo espiritual, com um objetivo e endereço vibratório certo. Cabe aos homens incrédulos, no mínimo respeitar a crença e atitudes dos outros. Lá estava um trabalho de magia – a cor dela não importa – era magia! Elementos e elementares, além de entidades espirituais, lá estavam atuando, se abastecendo da energia animal e etílica e foram incomodados, desrespeitados. O que o senhor presenciou na figura do homem, nada mais foi que a atuação enérgica de seu Exu guardião lhe colocando no devido lugar, antes que a Lei tivesse que atuar mais duramente. De difícil entendimento com as coisas do espírito, não crendo em nada que não seja palpável, se fez necessário a atuação materializada. Como criança teimosa, precisou da repreensão para só então respeitar.
Isso não significa que encruzilhada é lugar de Exu, pelo contrário. Os espíritos que lá buscam se energizar com as oferendas são os chamados quiumbas, espíritos que embora fora do corpo físico, necessitam ainda de energias materiais. - Exu… cruzes! Isso é coisa do capeta! Era momento de esclarecer a verdadeira identidade deste guardião da luz tão mal falado. E assim foi feito. Ao voltar para casa sentia tamanho bem estar, que naquela noite dormiu tranqüilamente depois de muitas noites de sobressalto, quando não, de insônia. Suas visitas ao terreiro de Umbanda tornavam-se assíduas onde buscava sabedoria, força espiritual e conforto para sua alma. Ele tinha uma missão que se estendia além de aprender a ter fé. Era preciso cumpri-la, por isso em pouco tempo manifestava-se através dele, seu protetor Ogum de Ronda abrindo caminho para o Exu, que chegava gargalhando e de chicote na mão. Artefatos que usava no astral para auxiliar, acordando a todos quantos estivessem esbarrando nos limites da Lei. Ao sentir sua presença, Francisco agradecia. Ele foi privilegiado em conhecer estes artefatos, graças a Deus.
O Sol e o Vento (Fábula)
O sol e o vento discutiam sobre qual dos dois era mais forte.
O vento disse:
- Provarei que sou o mais forte.
Vê aquela mulher que vem lá embaixo com um lenço azul no pescoço?
Aposto como posso fazer com que ela tire o lenço mais depressa do que você.
O sol aceitou a aposta e recolheu-se atrás de uma nuvem.
O vento começou a soprar até quase se tornar um furacão, mas quanto mais ele soprava, mais a mulher segurava o lenço junto a si.
Finalmente, o vento acalmou-se e desistiu de soprar.
Logo após, o sol saiu de trás da nuvem e sorriu bondosamente para a mulher.
Imediatamente ela esfregou o rosto e tirou o lenço do pescoço.
O sol disse então ao vento:
- Lembre-se disso: "A gentileza e a amizade são sempre mais fortes que a fúria e a força"
Nunca perca a fé...
A Importância de dizer EU TE AMO
Como é importante dizermos essas três palavrinhas. O significado tem o poder de transformar coisas ruins em coisas maravilhosas. Quando um filho enlaça com seus braços e diz ao pai ou à mãe: eu te amo, transcorre um feixe de luzes em volta dos dois, construindo e fortalecendo os liames que os une, de forma a consolidar aqueles laços de afetividade, de amor, de querer bem. Como é bonito viver esses momentos!!
Estamos acostumados a ouvir pacientes que sofrem demasiadamente e relatam a sua dor por um ente querido não manifestar seu apreço, seu carinho, sua estima, seja sua esposa, marido, filho, filha, nora, neta e por aí vai.
Engraçado o ser humano. As coisas evoluem, as descobertas do homem moderno com sua tecnologia de ponta, os laboratórios com suas pesquisas nos apresentando remédios fantásticos, a tecnologia com a velocidade da informação onde em tempos recentes nem havíamos condições de imaginar. E o ser humano, ainda hoje, fazendo uso de suas queixas habituais.
Um pai, uma mãe, defronte um terapeuta, falando de forma triste, sentida, que trocaria muitas e muitas coisas que lhe são caras, gratas e importantes, por um gesto de carinho de um ente querido. Meu Deus! Com toda a evolução acima citada, e o que ainda está por vir nos próximos anos, o ser humano pouco sabe de si próprio. E, quando sabe, pouco sabe lidar consigo mesmo. Não é verdade?
Quantos e quantos se vêm nesta situação, de ter o que querem, porém, o que gostariam mesmo de ter, pouco ou nada têm. O carinho, o afeto, o reconhecimento e a gratidão poucos realmente vivenciam.
Mas, gente! Vamos ser honestos e sinceros. Pouco se faz para que isso aconteça. Aí vem a pergunta, por que? Porque somos duros, turrões, envergonhados, sem jeito, preconceituosos… de darmos um abraço cheio, gostoso, aquele abraço integral, maravilhoso, que nos transporta a sensações de esplendor de amor. Amor por todos os lados e poros.
Beijar a quem amamos, às vezes, é algo intransponível aos nossos preceitos, preconceitos, formação, vergonha… por isso sofremos. E, diante do terapeuta, envergonhados de não sabermos e/ou não conseguirmos fazer, contamos nosso sofrimento interior por não ouvirmos essas três palavrinhas eu te amo!!
Não é fácil!! Porém, nada intransponível. Uma paciente, com extremo retardo físico, olha sempre para seus pais – adotivos – e os abraça, feliz, muito feliz, irradiando amor para todos os lados, e emite seus sons de alegria, carinho, candura e querer bem. Ela assim se manifesta quando quer expressar seu sentimento de amor e reconhecimento. Que felicidade nessa família, apesar da provação muito forte!
A experiência do amor fraternal nos faz mais dóceis, mais pacientes, calmos, tranqüilos. Faz-nos estar de bem conosco mesmo e dilata e expande nossos valores morais, como a capacidade de amar, a capacidade de perdoar, inclusive a nós mesmos, a capacidade de tolerar, de sublimar e por aí vai.
Vamos exercitar essas três palavrinhas iniciando para conosco mesmo. Quem não consegue se amar integralmente, precisa rever o que não se perdoou ainda. Busque, analise e reflita, para então, se perdoar de suas faltas, das coisas que deixou de fazer, do que fez de forma errada… e bola pra frente, pois nunca é tarde para dizer verdadeiramente aos seus parentes e entes queridos, as três palavrinhas:
EU TE AMO MUITO!!!!!
BEIJOS DA VÉIA CONGA.........
ALMAS PERFUMADAS
(Carlos Drummond de Andrade)
"Tem gente que tem cheiro de passarinho qdo canta.
De sol quando acorda.
De flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede
que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete, melando os dedos com algodão doce
da cor mais doce que tem pra escolher.
O tempo é outro.
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente
desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.
Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa
e trocando o salto pelo chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso.
Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que
a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas
que conseguimos acender na Terra.
Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.
Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos.
Abraçando um filhote de urso panda.
Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra
no nosso coração.
Tem gente q tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo q a gente não largava.
Do acalanto q o silêncio canta.
De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que
vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo.
Corre em outras veias.
Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está conosco,
juntinho ao nosso lado.
E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Tem gente como você que nem percebe como tem a alma Perfumada!
E que esse perfume é dom de Deus!!!"
Que vovó Ma. Conga abençoe à todas essas lindas pessoas. E que as demais se deixem envolver na Magia do Amor.
Sete Perguntas a cachoeira!
1- Que cachoeira é essa que descansa meus olhos?
2- Que cachoeira é essa que mata minha sede?
3- Que brisa é essa que leva as gotas para a vegetação?
4- Que barulho é esse que me acalma e tranqüiliza?
5- Que aroma bom é esse?
6- Que água tão limpa é essa?
7- Quem é aquele velhinho sentado na pedra perto da cachoeira?
Temos somente a resposta da ultima pergunta:
É PAI BENEDITO DA CACHOEIRA
Bondoso velhinho sentado em uma pedra a beira da cachoeira, sua pemba em meu corpo cicatriza as chagas de meu orgulho, suas mãos cansadas tocam meu sentimento e contornam minha mente, sua sabedoria esta na compreensão dos pedidos dos irmãos, sua reza guiam meus pés aos bons caminhos, protegidos pela sua doce imantação, minhas mãos estendidas em suplicas são tão pequenas quanto as luzes refletidas de seu corpo: Os ventos sopram as lagrimas transbordadas dos seus olhos sendo recolhidas e conduzidas por Mamãe Oxum derramando-as nas águas da cachoeira, regando as flores de alfazema.
A Rosa e o Preto Velho
Estava triste andando pela rua, procurava emprego e as coisas não estavam muito bem em casa: Em meu bolso somente um pequeno trocado e um lanche que tinha levado mas não tinha apetite de come-lo. Caminhava voltando pra casa, não sabendo o que faria pois não tinha arrumado emprego, de repente uma menina pequena com os pés no chão ofereceu-me uma rosa para comprar, no cesto que carregava era a ultima rosa, falou-me que a estava guardando pra mim, achei que era conversa de uma pequena vendedora. Mesmo assim peguei meus últimos trocados e comprei aquela rosa, não sabia o que faria com ela, mas mesmo assim resolvi ajudar aquela criança. Fui andando pela rua, e de repente vi um senhor negro de idade avançada, com barba e cabelos branquinhos como algodão, quando cheguei perto dele ele disse Nosso Pai Oxalá esta ao seu lado. Em troca de palavras tão bonitas, ofereci-lhe o lanche que ainda estava comigo, pegou o lanche e perguntou-me o que pretendia fazer com a rosa que carrego? Respondi: não sei queria muito entrega-la a alguém que me ajuda-se com um trabalho, pois as coisas estão muito difícil para mim, o velhinho estendeu a mão e respondeu – se você quiser entrego-a pra você. Achei que ele iria vende-la pois talvez precisa-se de dinheiro para alguma coisa, mesmo assim sem perguntar nada entreguei-lhe a rosa, cumprimentei o velhinho e segui em minha caminhada.
Quando cheguei em casa, minha esposa estava no portão com minhas duas crianças, estava muito alegre, não sei porque, mas não deu tempo de perguntar. Ela foi logo dizendo: "Chegou uma carta agora mesmo pra você, é de um emprego", fiquei muito feliz, mas sabia que tinha que agradecer. E no primeiro dia quando terminei minha jornada, estava andando pela rua quando deparei com um Templo de Umbanda, resolvi entrar, começou os trabalhos, e fui consultar com uma entidade sentada em um banquinho. De repente ele disse:" Nosso Pai Oxalá está ao seu lado", fiquei espantado! Foram as palavras daquele senhor que no dia anterior eu dei meu lanche e entreguei-lhe a rosa que comprara, não sabia o que dizer mas logo o velhinho colocou suas mãos sobre as minhas e disse:"Entreguei a sua rosa como prometi olhe", apontando para o Altar, olhei e vi a rosa as pés de Nosso Senhor, não sabia o que fazer mas o velhinho me amparou dizendo"Fui eu quem pediu pra menina vender-lhe esta rosa, queria saber de sua devoção, nos momentos difíceis você não negou ajuda-la, em troca eu ofereci um trabalho para você, agora seja sempre justo, você pediu para entregar a rosa a quem poderia te ajudar e isto foi feito, mas a ajuda não seria alcançada se seu coração não fosse bom e sua humildade, não fosse esta, que agora em lagrimas agradecendo a esta entidade.
Autor Emidio de Ogum.
★RECADO DE PRETA-VELHA★
"Nêga véia pede licença zifio, pra trocá dois dedo de prosa com suncê.
Esta nêga não entende nada zifio e, ainda, tem muito o que aprender.
Nêga véia entende como amar, pode significar privar alguns de viver.
Nêga véia não entende como pode ser feita a guerra para se conseguir a paz; e nem por que, com a paz verdadeira, os zifios nunca se satisfaz.
Tantos zifios cheios de vida e com medo de morrer, outros zifios tão longe da morte e com medo de viver.
Muitos zifios corajosos só para fazer o mal, outros zifios tão medrosos de realizar o bem.
Mas o que esta nêga véia menos entende é como os zifios pode tirar as vida dos outro e dizer que é em nome de Deus.
Como os zifios pode se achar melhor que os outros por que diz que tem Jesus no coração.
Os zifios tem que se comportar e agir como irmãos não por que pensam da mesma forma, moram no mesmo casuá ou partilham das mesmas idéias e ideais; os zifios tem que agir como irmãos tão somente porque são fios do mesmo pai que é Zambi.
E o mestre Jesus, fiados meus, tem que estar no coração de suncês, não para suncês achar que são melhor que os outros, mas sim para suncês serem melhores que suncês mesmos, para cada dia que passar suncês ser cada vez melhor que no dia que se passou: melhores em espírito e virtudes.
Estas lágrimas nos seus olhos zifio, pra nêga véia é um aprendizado.
Este choro ensina a nêga que suncê entendeu ela, e que o mundo pode ser melhorado.
Esta nêga também chora zifio e roga a Zambi que as lição de Jesus suncês todos possam aprender, e que coloquem o aprendizado em prática para que possam crescer.
Todos juntos, neste divino pranto, irmanados lado a lado.
Pois todo o pranto que vem da alma zifio, também é sinal de aprendizado.
Saravá a Deus nosso pai!!!
Como é bom ser bom! Como é triste ser mau! Quantas lágrimas e sofrimentos os senhores plantaram através de suas atitudes. No entanto, todos caminharemos para a Eterna Felicidade! O caminho mais sublime é o Amor, mas alguns só evoluem através da Dor!
Eu era forte e jovem, mas quando meu grande amor foi vendido, capricho da sinhá, minha saúde nunca mais foi a mesma. Minha vida mudou bastante e o meu consolo eram as rezas. Jamais cultivei a revolta ou a vingança. Os Orixás me davam a paz e o consolo para suportar as provas daquela encarnação.
Pior que a escravidão os grilhões da maldade e do preconceito. Muito pior que nosso sofrimento era o peso dos pecados daqueles que oprimiam seus irmãos de cor.
No dia 13 de maio, a alforria! No entanto, as lembranças marcaram minha vida para sempre. Foi minha encarnação mais proveitosa. Nessa vida de martírios, cultivei a renúncia e a humildade.
Quando desencarnei, meu grande amor estava à minha espera. A linda escrava que eu amei e foi vendida já estava no Plano Espiritual ansiosa pelo meu retorno. Somos todos irmãos! Somos todos iguais!
Muito tempo se passou e agora estou novamente na Terra. Não como espírito encarnado, mas como pai velho trabalhando nos terreiros de Umbanda. Minha vestimenta astral é a de preto velho. Escolhi essa missão para estar mais perto dos meus filhos de fé. Muitos precisam de libertação, da alforria da paz e da fé. Essa é a missão dos pretos velhos! Conselho, resignação, amor e paz! Limpar com a fumaça do cachimbo os miasmas do mal e da doença.
Aceitei essa tarefa sublime por muito amar a Humanidade. Conheci o sofrimento, a humilhação e a pobreza.
CONT...
Minha mensagem é de libertação! Filho de fé liberte-se dos grilhões do orgulho e do egoísmo. Se você está sofrendo, não desanime! Confie no Pai Oxalá que tudo vê e tudo sabe! Faça sua parte no aprimoramento espiritual e na reformulação das suas atitudes. Liberte-se das vibrações negativas do desânimo, da tristeza e do pessimismo. Ame a Terra! Colabore para que esse Planeta melhore cada vez mais e seja um grande Lar de Amor! Liberte-se do peso da angústia através do Amor! Perdoe seus inimigos, porque Oxalá é o exemplo de Perdão e Misericórdia!
Desejo que Oxalá o ilumine hoje e sempre! Nascemos para vencer e evoluir! Nascemos para conviver com Amor e tolerância! Somos todos irmãos! Nascemos para cumprir apenas uma passagem! A verdadeira vida é a vida espiritual!
Os Pretos Velhos são a força da sabedoria no domínio da magia. São um povo humilde porém sábios e experientes feiticeiros. São originários do povo da costa do Congo de Angola de Guiné de Luanda e de Bengala. São um povo muito sofrido portanto se quisermos conquistar sua admiração e confiança devemos trata-los com muito carinho pois em sua vida terrena já sofreram muito com a escravidão. Embora pareçam alegres e divertidos em suas manifestações são realmente um povo sofrido. Salve as Almas!!
Quando Maria do Conga do Cruzeiro
trabalha, baixa no terreiro…
todos seus filhos ficam dizendo
“quebra macumbeiro..”
Maria Conga auê…Maria Conga auá...
Salve Vovó!
Prece aos Pretos Velhos
Meus benditos Pretos e Pretas Velhas,
Meus Santos, guias e espíritos protetores.
Mestres divinos da Linha das Almas..
Abençoai esta casa e os meus passos.
Aplacai as forças dos nossos inimigos.
Meus queridos Pretos Velhos,
que a sua candura e bondade
recaia sobre nós como
o véu do divino amor.
Meus Pretos Velhos,
dai-nos a fé, a esperança
e a felicidade.
Eu adorei as Almas!
Saravá, meus Pretos Velhos!
Perfume da Umbanda
As flores tem seus aromas, pode ser cravo, rosa ou mesmo a simples palha de milho;
O Incenso também tem, e direciona a mente das pessoas purificando-as:
A alfazema, também vibra com seu perfume em todo templo:
As ervas também exalam um delicioso perfume, que percorrem em seu corpo:
O Talco das entidades tem um odor maravilhoso, vindo no sopro do amor:
E que perfume tem o café dos pretos velhos, da até vontade:
Ate o charuto do caboclo percorre a divindade do olfato:
Agora sua mente esta perfumada pelo som do atabaque de das canções entoadas:
As cores das imagens dos Orixás perfumam seus pensamentos:
Chegue bem pertinho da água que jorra no Reino de Yemanjá também tem um cheirinho delicioso de mar:
Se fecharmos os olhos, sentindo todos esses perfumes, sentiremos um toque no coração esse é o cheirinho de Oxalá:
Se juntar todos esse perfumes em um único frasco terás o perfume da felicidade, que levaras consigo no frasco mais puro que existe, é o frasco do seu coração:
Agora sua alma também ficou perfumada, por todos perfumes da Umbanda
Quando saíres sentirás ainda este cheiro de perfume:
E levaras este aroma ao seu lar, trazendo paz e alegria:
E no caminho exalará por onde seus pés tocarem, guiando-te nos bons caminhos:
Sentiras
este perfume nas cores que olhares, nos barulhos que escutares e no vento que soprar:
Agora estarás sempre guardado pelo Perfume da Umbanda.
Autor Pai Emidio de Ogum
Somos médiuns ou instrumenots de Deus???
Palavras de Vô Bento
- Filhos, ouçam todos e me digam o que é preciso para ser um médium.
- Ah, Vô, é preciso ter disciplina, dedicação, estudo ….
- Não filhos, para ser médium não precisa de nada disso, ser médium é fácil, todos que passaram hoje por assistência são médiuns como vocês e para isso nada é exigido. O difícil é ser INSTRUMENTO DE DEUS e é isso que vocês precisam ser, se realmente querem evoluir e fazer o bem.
E agora, o que é preciso para ser um bom Instrumento de Deus?
…silêncio…
- Só precisa ter um CORAÇÃO LEVE, um coração cheio de AMOR pela Espiritualidade e não interesse perante ela. Olhem para dentro de vocês e observem qual é o tipo de amor que vocês têm perante a Espiritualidade. Observem qual é o lado do muro em que vocês estão agora, no lado da troca, onde se espera receber ‘também’, ou no lado do amor, onde se é capaz somente de ‘dar’.
Saibam que é do lado do amor é que estão os verdadeiros Instrumentos de Deus.
Observem agora, filhos, se vocês estão pulando de um lado para o outro do muro. E o que é pior, observem se vocês não estão em cima do muro prestes a cair ou quem sabe já caíram e não se deram conta, tentando até derrubar seus outros irmãos.
Filhos entendam, é através do amor que tudo acontece, é através do amor que vocês ficam receptivos às forças Espirituais Divinas e só assim conseguem receber tudo de Divino.
Quanto a dedicação, o estudo e a disciplina, quando há amor todas essas necessidades se tornam naturais e fáceis de serem cumpridas, pois nos dedicamos a tudo que amamos não é verdade?! Então tudo se transforma em “uma grande alegria”.
Através de Mãe Mônica Caraccio em 09/02/2007
PERGUNTA - Por que os pretos-velhos utilizam ervas?*
****
R: VOVÓ MARIA CONGA - Os princípios químicos emanados destes fitoterápicos são
utilizados na magia para a cura das mais diversas moléstias. Tem grande
repercussão etérica, como fiéis potencializadores das energias vinculadas ao
plano físico-astral, que estão na natureza, que abundam em todo o planeta
através de vibrações próprias, e que se apresentam na constituição
energética de todos os filhos. Então manipulamos as ervas que contém as
energias que estão faltantes nos filhos, refazendo o equilíbrio do corpo
etérico com imediato alívio das mazelas que os afligem no campo fisiológico.
Fazendo assim com que nossos filhocos aqui na Terra, fiquem mais
conscientes das suas obrigações e mais equilibrados e tranquilos para resolverem seus problemas kármicos.
Que Oxalá abençoe a todos vocês.........
O AMIGO
"-Meu amigo não voltou do campo de batalha, senhor, solicito permissão para ir buscá-lo" - disse um soldado ao seu tenente.
"-Permissão negada." - replicou o oficial - "Não quero que arrisque a sua vida por um homem que provavelmente está morto.
O soldado, ignorando a proibição, saiu, e uma hora mais tarde regressou, mortalmente ferido, transportando o cadáver de seu amigo.
O oficial estava furioso:
"-Já tinha te dito que ele estava morto!!! Agora eu perdi dois homens! Diga-me: Valeu a pena ir lá para trazer um cadáver?"
E o soldado, moribundo, respondeu:
"-Claro que sim, senhor! Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e pode me dizer":
"-Tinha certeza que você viria!"
UM AMIGO É AQUELE QUE CHEGA QUANDO TODO O MUNDO JÁ SE FOI!!!!
ARUANDA, UMA COLÔNIA ESPIRITUAL ONDE VÓ MA. CONGA MORA...
Aruanda é uma colônia espiritual onde vivem os espíritos dos Pretos-Velhos e Erês.
O espírito Vó Maria Conga nos deu uma breve explicação sobre Aruanda:
"Em Aruanda não existe noite,é sempre dia ensolarado e luminoso,a temperatura é agradável,as plantas são de um verde vivo e as flores não morrem,a água é fresca e pura.Existem milhões de espíritos de pretos-velhos e Erês vivendo em Aruanda.As crianças brincam,vão a escola e aprendem a trabalhar com os encarnados e nas sessões de Umbanda.Os erês adoram vir a terra para trabalhar,quando estão prontos e são chamados para essa tarefa fazem uma verdadeira festa.
Os pretos-velhos no astral,desenvolvem várias atividades:cuidam dos jardins,recebem e encaminham os espíritos recém-chegados,ensinam nas escolas da colônia e cuidam dos erês e também de crianças desencarnadas na terra.
A Vó Maria Conga é o espírito encarregado de supervisionar outros espíritos em suas tarefas.Ela comanda um grupo de 200 espíritos,é muito atarefada.
Toda segunda-feira os espíritos de Aruanda se reunem para louvar os Orixás,e fazem isso como faziam no tempo em que viviam na terra e eram escravos:tocando atabaques,cantando,rezando e dançando,nessa hora,os Orixás respondem enchendo o céu de Aruanda de luzes coloridas.
As casinhas em Aruanda são simples,cobertas com palha de palmeira,com fogão a lenha(onde fica um bule com café sempre quentinho),o chão é de terra batida,a cama é uma esteira de palha,no local há dois ou três banquinhos e uma mesa coberta com uma toalhinha xadrez,logo na entrada fica o congá,sobre o congá há imagens de Pai Oxalá e de todos os Orixás e raios de luz vinda direto dos Orixás iluminam o congá e toda a casinha com uma beleza emocionante.
A Vó Maria Conga gosta muito de cozinhar e embora os espíritos em Aruanda sejam muito evoluídos e não precisem se alimentar,eles se alimentam duas vezes por dia,não por necessidade,mas por prazer mesmo.A vó adora cozinhar e reúne os amigos para provar seus quitutes.Todas as casinhas tem jardim e espíritos que cuidam deles,são jardins maravilhosos.
Em Aruanda só vivem espíritos de pretos-velhos e crianças,os outros espíritos são encaminhados para outras colônias,mas se tiverem méritos são autorizados a visitar Aruanda.
DEPOIMENTO DE VOVÓ COM UM ESPÍRITO SOFREDOR
VENDO QUE LEILA NÃO TERIA CONDIÇÕES DE COMPREENDER SEUS ERROS EM VIDA,APLIQUEI-LHE UM PASSE CALMANTE E FINALMENTE ELA PODE SER LEVADA,NAQUELE MOMENTO TÃO ESPERADO POR ELA O MOMENTO DO REENCONTRO COM O SER QUE MAIS AMOU NO MUNDO,(SEU FILHO)INFELIZMENTE LEILA NÃO PODE PRESENCIAR,SEU ESPÍRITO MUITO DOENTE TERIA QUE ESPERAR MUITO TEMPO AINDA.
MEU PAI OLORUM E TODA A CORRENTE BENDITA DE ESPÍRITOS TRABALHADORES,PEÇO HUMILDEMENTE QUE ARRANQUE DOS CORAÇÕES QUALQUER RESQUÍCIO DE REVOLTA,DAI-LHES RESIGNAÇÃO E APLICAI NESSES CORAÇÕES BÁLSAMOS DE ALÍVIO E FÉ,PERDOA-OS GRANDE PAI PELOS ATOS E PALAVRAS,PURIFICA CADA PENSAMENTO,AJUDA-OS E GUIA-OS PARA O CAMINHO DA LUZ E DO AMOR INCONDICIONAL POR TI GRANDE PAI OLORUN."
VÓ MARIA CONGA
Preto Velho não dorme de barriga pra cima
Poema sobre a Vida de um Preto velho Chamado Joaquim
Costurando a pequena rede, ja com dedos sacrificados pela lida da colheita a Preta Velha virava o olhar para a pequena estrada de terra onde saia para trabalhar o velho Joaquim, na sacola tambem feita pela velhinha ainda em uso por muitos anos estava um pedaço de pão, um pedaço bem servido de broa de milho e uma lasca de toucinho.
Sabia que iria esperar bastante por seu querido Joaquim, que viria cansado, com fome e as vezes machucado nas suas costas pela chibata cruel do senhor dos escravos.
Suas costas eram sempre castigadas, não seria somente estes cortes que sangravam, tambem ardiam suas mãos na lida, mas os cortes piores seriam em suas costas, feitos pelos chicotes dos capitães pela demora na produção a ele destinada, não tinha a idade dos jovens, a sua era avançada para seu trabalho, mas cada dia mais seu balaio de cafe estava menos cheio, tambem demorava mais que os outros, para carregar ate a secagem, e o resultado disso tudo estava tatuado nas marcas vermelhas em suas costas.
Mas da lida tirou o tempo, e com seu tempo criou a esperança, quando voltava pra senzala criou a alegria, premio garantido pelo credo imposto pelos outros negros nas curas de suas ervas e mãos outrora macias.
Trazia todos os dias um punhado de cafe nos bolsos e um pedaço de rolo de fumo, seu suor se confundia com a pele molhada do sangue em suas costas ultrapassando o tecido grosso de algodão surrado pelo sol e pelas batidas nas pedras do rio quando era alvejado pela Preta Velha.
Nossa querida Preta Velha sabia que tinha todos os dias remover as sujeiras das chagas do seu Joaquim, remover as sujeiras sim, pois os remedios eram ervas e muito amor, mesmo que feitos com cuidados nas feridas outrora abertas que novamente sobrepostas as novas aqui para serem cuidadas.
Reclamara seu Joaquim com um resmungo no canto oposto da boca que segurava seu cachimbo, quando a Preta Velha colocava o ticido limpo e umedecido em cima do dorso umido de sangue, Preto Velho so dorme de barriga pra baixo, pois as chagas nas costas não deixam dormir de barriga pra cima.
Quando Reza deixa sua oração nas palhas voltando sua cabeça para baixo, quando tem sede pega o copo de barro e entorna em sua boca sem mover seu corpo, pratica comum de quem não se virar em seu leito.
Recebe a luz do luar em suas costas, pois seu coração esta virado sustentando a dor dos cortas a serem cicatrizados.
Suas horas são curtas de descansos, pois antes do sol nascer começaria o novo dia, levanta mais cedo para poder juntar novamente o alimento que lhe da forças sua oração.
Novamente volta se as costas a caminho da lida, fitada a pela Preta Velha, ao qual ve uma mistura de suor e sangue escorrido pelas chagas trazidas do dia anterior, que com certeza juntaria com as que traria hoje, pois a idade do seu Joaquim era demasiada para acompanhar com rapidez as vontade dos senhores das lavouras.
PRETO VELHO NÃO DORME DE BARRIGA PRA CIMA
Autor Emidio de Ogum
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