sábado, 30 de abril de 2011
Altar da Cabocla Jurema
Minha querida Cabocla Jurema, oceano de bondade, manifestação suprema da fé e do amor de Deus para com seus filhos. A mata é a sua morada, habitat onde renovamos nossas energias. Irradie sempre sua Luz, em todas as direções, pois ela encontrará muitos corações necessitados, entre eles, o meu. Creio na tua presença a cada nova aurora, marcante, definitiva, promovendo nosso encontro com a felicidade interior, e esta com a permanência assegurada em nosso ego, onde germinarão sementes de amor e paz, a partir de teu sim definitivo. Ajudai-nos a ver as pedras em nossos caminhos como lições de vida, mas que possam ser vencidas uma a uma, dia a dia, passo a passo, através da tua orientação.Que cada amanhecer seja um novo recomeço e possa minha alma conduzir-se rumo à tua energia, óh Luz Divina!
Tuas palavras são marcas luminosas que preenchem as lacunas de meu coração que nos momentos de solidão e cansaço seja merecedor de tua mão amiga, lembrando-me que tudo passa e se transforma quando a alma é grande e generosa que no sono reparador minha alma voe contente, nas asas da espiritualidade consciente, para que eu possa perceber a ternura invisível tocando o centro de meu ser eterno que a suave brisa de tua vibração me acompanhe, na terra ou no espaço, como uma inigualável força invisível espargindo fluidos de amor. Querida Cabocla, presença Divina do inexplicável, transformai nossos dramas em luz, as tristezas em celebração e nossos passos cansados em dança renovadora. O tempo se vai, mas algo sempre guardarei, a tua presença, que um dia encontrei a sua força, a sua presença e a sua proteção!!
Saravá toda linha da Cabocla Jurema!
Okê Cabocla!!
Umbanda - A Proto-Síntese Cósmica
O inabitual sempre traz espanto e quase sempre descrença! Por mais bem-intencionada que seja a maioria dos Filhos de Fé que se agrupam nos mais variados terreiros, raros deles podem crer que Caboclo deixe o terreiro, o charuto, a vela, e troque a pemba de giz pela pemba de lápis ou caneta. De fato não trocamos, apenas usamos, também, quando temos oportunidade, o lápis, em algum recinto do terreiro ou em qualquer local em que o "cavalo" (médium) sentir-se bem à vontade — vibratoriamente falando.
Assim, sabemos que muitos de nossos "Filhos de Terreiro" não estão habituados a observar um Caboclo de Umbanda fazer uso do lápis. De fato, não nos é comum expressarmo-nos nesta modalidade mediúnica, que é a dimensão-mediunidade, que também pode ser traduzida como psicografia dimensional e sensibilidade psicoastral.
A grande maioria dos Filhos de Fé, bem como a grande massa de crentes, está acostumada a ver Caboclos "montarem" em seus "cavalos" através da mecânica de incorporação.
Não raras vezes, falamos de maneira que nem sempre quem nos ouve nos entende, precisando da ajuda imprescindível do cambono. Muitas vezes usamos este artifício visando nos tornar bem próximos do consulente, bem como permitir que o cambono aprenda e observe as mazelas humanas, e saiba como encará-las de frente, segundo nossas próprias atitudes perante cada consulente.
Outros, menos ligados aos fenômenos da Ciência do Espírito, não conseguem entender como um Caboclo (Entidade Espiritual que usa a vestimenta fluídica de um Ser Espiritual da Raça Vermelha) pode escrever através de seu "cavalo" ou dizer coisas que só o homem civilizado conhece. Como pode um Caboclo escrever? No tempo em que ele vivia na Terra era analfabeto, nem sabia que tinha escrita, muito menos ciência, filosofia, etc. E, muitos Filhos ainda pensam assim! Pura falta de informação sobre as leis da reencarnação e sobre a lei dos ciclos e dos ritmos.
Caboclo acredita que realmente à primeira vista, isto pode suscitar dúvida e descrença, tanto sobre o Caboclo como sobre o intermediário entre os dois planos — o médium ou cavalo. A grande maioria tem em mente que o Caboclo não fala português, é bugre da mata virgem; como, de repente, já vem ele ditando normalmente o português, ou, o que é mais estranho, escrevendo?
Realmente muitos pensarão: Ou o cavalo é mistificador, ou essa Entidade que diz ser um Caboclo não o é.
Pode até acontecer que algum cavalo seja mistificador e que algum Caboclo não seja Caboclo, mas palavra de Caboclo que o Caboclo que aqui escreve é o mesmo que baixa no terreiro, e que o cavalo é o mesmo que nos "recebe" nas sessões semanais, tanto no "desenvolvimento" mediúnico como nas sessões de caridade, onde atendemos grande número de consulentes, por meio da mecânica de incorporação. Os mecanismos são diferentes, mas as finalidades não, pois ambas visam direcionar os Filhos de Fé, dirimindo as suas dúvidas.
Imaginem, como simples exemplo, se de repente, em todas as "giras", o Caboclo se apresentasse não na incorporação, mas completamente materializado, isto é, se todos os Filhos de Fé, sem precisarem fazer uso da mediunidade que lhes dilatasse os poderes de alcance visual, nos vissem em corpo astral densificado?! Provavelmente, de início, ficaríamos com pouquíssimos ou nenhum Filho de Fé no terreiro! Uns sairiam correndo apavorados e tresloucados. Outros ficariam extáticos, em profunda hipnose, tal o choque psíquico.
Outros mais, peto estresse, teriam fortes descargas de adrenalina, podendo ter crises de arritmias graves e até espasmos coronarianos, distúrbios que poderiam levá-los ao desencarne.
Com isso, afirmamos que tudo que foge do habitual traz espanto, traz dúvidas. Isso é naturalíssimo! Mas um dia teríamos que começar a nos manifestar sob outras formas não-habituais. E de há muito já começamos! Esta é mais uma dessas formas. Mas, com o decorrer do tempo, tudo tornar-se-á comum. Esperemos! Os tempos são chegados! Para muito breve, veremos que muitos dos Filhos de Fé se acostumarão a ver seu próprio Caboclo também ditando um livro, uma mensagem. Chegará o tempo em que as mensagens ditadas serão tão habituais como a importantíssima mecânica de incorporação em nosso ritual.
SOBRE AS ENCRUZILHADAS DE RUAS, OS CEMITÉRIOS E OS
CHAMADOS CRUZEIROS DAS ALMAS DOS MESMOS
Revela lamentável falta de entendimento ou total ignorância das mais simples regras da Corrente Astral de Umbanda, a criatura que se diz ou que pretende ser umbandista praticante, quando faz os chamados “despachos” para exu nas encruzilhadas de nossas ruas...
Muitos ao procederem assim, ou têm consciência do mal que estão fazendo – do que duvidamos muito – ou estão cegos pelo “fanatismo tradicional” de certos “terreiros” que os induzem a levar oferendas para exu nas encruzilhadas de ruas.
Já o dissemos e reafirmamos agora, alto e bom som, que Exus de Lei, guardiões ou cabeças de legião, não fazem o seu “habitat vibratório” nesses ambientes, isto é, não operam diretamente nessas encruzilhadas.
É preciso lembrar mais uma vez que, quem opera, quem infesta esses
lugares, são as diversas classes de espíritos atrasados, dentro os quais os chamados kiumbas – esses grandes marginais do astral...
É necessário sempre se ter em mente que as encruzilhadas de ruas são
verdadeiros sugadouros das mais diversas ondas de pensamentos, mormente as negativas de toda espécie, pois que são pontos onde as criaturas passam por caminho que se cruzam, criando e alimentando assim um constante cruzamento vibratório de pensamentos que se repelem ou se atraem, por afinidades, e por causa disso mesmo são escolhidas as encruzilhadas como os pontos de concentração preferidos pelo que há de mais baixo no astral inferior...
E para darmos mais um simples exemplo de relação, é bastante lembrarmos que em quase todas as encruzilhadas de ruas existem botequins nas suas esquinas, isto é, casas onde ingerem bebidas alcoólicas, embriagam-se, brigam e proferem palavrões etc...
Já por aí se vê que a formação vibratória desses ambientes tem, forçosamente,
que ser baixa.
Espíritos viciados, perturbados, odientos, vingativos, brigões, enfim, tudo
quanto se pode qualificar como marginais do astral dos mais inferiores planos e condições, procuram ávidos esses pontos de concentração – chamados
encruzilhadas de ruas – para vampirizar, perseguir e saciar desejos, bem como
atacar, perturbar e seguir os encarnados que por ali passarem de “portas abertas”, isto é, dentro de condições vibratórias afins. Assim é que, quando se bota um desses tais “despachos”, aí é que eles vibram de contentamento, porque caem vorazes em cima da oferenda e marcam logo a aura ou o corpo-astral do infeliz ofertante, para segui-lo e daí poderem se insinuar sutil e seguramente em seu psiquismo, a fim de sugerir-lhe, sempre que desejarem, mais oferendas, ou seja, mais “despachos” etc... Não largam mais a presa e acabam fazendo do pobre e ignorante ofertante um escravo.
Portanto, cremos que ficou bastante claro e compreensível, que não é nesses
ambientes de encruzilhadas de ruas que o verdadeiro Exu “habita” ou tem seu
“campo vibratório de trabalho”, sabendo-se que o exu de lei (assim como o Sete Encruzilhadas, Marabô, o Tranca-Ruas, Tiriri, a Pomba-Gira e outros, tão
difamados e vilipendiados pela ignorância e pela maldade de maus filhos-de-fé)
cumpre uma função karmica, não é nenhum espírito boçal, ignorante ou atrasado,
no sentido que lhes emprestam, pois muitos desses exus citados já foram em
encarnações passadas, até reis ou altas personalidades, na ciência e na política, no
militarismo e até grandes sacerdotes num passado longínquo. O porque de terem
decaído ou se colocado nessas condições karmicas, só eles é quem sabem, ou
melhor, só quem pode responder a isso corretamente são os Tribunais do Astral,
que os colocaram nessa faixa, ou nessa função, porque, não resta a menor dúvida,
são grandes magos negros, tem conhecimentos poderosos neste mister... e
naturalmente a eles está afeto o trabalho de controlar, frenar as variadas legiões de
marginais do baixo astral...
Assim é que, se um necessário trabalho não for encaminhado através deles – os
exus de lei, esses que estão (repetimos) dentro de uma função karmica, não tomam
conhecimento direto por nenhuma oferenda posta nessas encruzilhadas de ruas, a
não ser que, em condições excepcionais, peçam que ali sejam depositadas.
Fora disso, botar oferendas nesses locais é alimentar o astral-inferior e viciado
que não faz nada e ainda fica em cima do infeliz que assim procede, rondando-o e
instigando-lhes a mente com sutis sugestões, para que ele volte sempre a esses
ambientes, com os mesmos tipos de oferendas.
A mesma coisa acontece com os ambientes dos cemitérios, porém, a coisa por ali
assume de fato aspectos perigosíssimos. Vamos clarear aqui os entendimentos,
porque, depois de se ler isso, achamos difícil uma criatura, conscientemente, fazer
“trabalhos” ou oferendas nos cemitério ou nos seus cruzeiros, ditos das almas...
Bem – dentro do que há de mais certo, de mais positivo nos ensinamentos
ocultos ou esotéricos de todas as correntes e, principalmente, da nossa, os
cemitérios são considerados como verdadeiros depósitos de larvas, cascões
astrais, matérias em decomposição, odores e gases internos, formando tudo isso
uma espécie de ambiente astral altamente negativo e afim ao que há de mais
trevoso no baixo mundo astral...
Além disso, são locais que, pela sua própria condição ou finalidade, absorvem e
concentram pensamentos ou ondas mentais inferiores, assim como, de tristeza, de
saudade e prantos, de desespero e de agonias várias, dos humanos seres que para
ali ocorrem em visita a “seus mortos”.
Ora, não só é do conhecimento dos iniciados umbandistas, bem como o é de
todos os magistas e ocultistas de fato, que, pelos cemitérios, habitam ou fazem
pouso três classes principais de espíritos, duas das quais das mais baixas
condições...
No primeiro lugar (ou classe) vamos citar a dos espíritos perturbados por várias
causas e que, pela natural inferioridade de seus entendimentos, costumam ficar
assim como que “presos” a seus cascões astrais (que podemos considerar como
uma espécie de emanação do que resta de seus corpos físicos, aos quais eles se
aferram, alimentando assim, pelas ondas repetidas de pensamentos emitidos com a
persistência deles junto ao local das sepulturas, a consistência fluídica que dá
formação a esses citados “cascões”...)
Nessas condições, podemos considerá-los como (no linguajar comum aos
terreiros) “almas penadas”, aflitas, desesperadas, suicidas, homicidas, enfim, a
todos que, por violentas perturbações psico-espirituais, ainda não se libertaram
dessas ditas condições e permanecem nesses locais... até serem libertados pelos
grupos de socorro especializados nesse mister no mundo astral ou pelos nossos
Guias e Protetores da Corrente Astral de Umbanda...
Esses espíritos vivem penando por ali e são “presas” fáceis nas mãos de outra
classe de espíritos que costumam conduzi-los para todos os fins e que na gíria de
Quimbanda são denominados de “rabos de encruza” ou como nós chamamos na
Umbanda propriamente dita – “exus-pagãos”... do 1o e 2o ciclos.
Então, vamos qualificá-los como a 2a classe. Sobre esses “rabos de encruza” ou
“exus-pagãos”, vamos falar com certo cuidado. Não podemos nem devemos “abrir
muito o campo” para que disso não se aproveitem nossos irmãos “quimbandeiros
encarnados”... que andam à “espreita” de como penetrar nesse “mistério”...
Esses “rabos de encruza” são os verdadeiros intermediários dos Exus de Lei – os
cabeças de legião – para esse meio, isto é, para o meio dos outros espíritos que
vivem e agem nesse “campo vibratório” chamado de “morada dos mortos” ou
cemitérios...
Bem como só saem dali para “gravitarem” nas “órbitas” das encruzilhadas de
ruas, por isso mesmo é que tomam a denominação – de “rabos de encruza” – e o
fazem à cata dos restos dos despachos ou das oferendas, de mistura com os
“quiumbas” e muitas vezes, a serviço dos próprios Exus-Guardiões...
Esses exus-pagãos, quando no 1o Ciclo da fase de elementares, nem nome têm,
nem procuram tomar uma identificação própria.
Só começam a se preocupar com isso quando já no 2o Ciclo da fase de
elementares. Ai é que se fazem conhecer (de acordo com suas afinidades) como exu
caveira, porteira, exu das almas, exu cruzeiro etc., ou em sentido genérico, como a
“legião dos omoluns”...
Porque, convém lembrarmos, no 3o Ciclo ou na fase final dessa função ou
condição karmica, estão situados os Exus-Guardiões – cabeças de legião...
Existe uma forma especial de lidar com esses exus-pagãos. Existe uma maneira
apropriada de se ofertar para eles. Existem pontos-riscados especiais, aos quais eles
obedecem. Isso é “segredo de magia” dos Exus-Guardiões, dos Guias e Protetores e
de raros iniciados umbandistas – médiuns que tem realmente ordens e diretos de
trabalho.
Sobre isso nada podemos adiantar. O que podemos dizer é que eles são terríveis.
São, realmente, os “executores diretos” de certos trabalhos pesados de baixamagia.
São os arrebanhadores diretos dos espíritos que descriminamos como da 1a
Classe ou das “almas penadas”...
Portanto, não é negócio, não aconselhável se lidar com eles sem a cobertura dos
exus-guardiões ou sem a ordem ou a direção dos Guias e Protetores – nossos
caboclos e pretos-velhos...
Eles são tão terríveis e astuciosos que, qualquer “despacho ou oferenda” que se
faça nos cruzeiros dos cemitérios, cai logo na faixa deles, pois fazem
imediatamente o “cerco” sobre os humanos ofertantes para tirar proveito...
E ai dos médiuns os pretensos médiuns, ditos “babás de terreiro” que foram
useiros e vezeiros nessas práticas! Se, realmente, não recuarem ou forem socorridos
em tempo – podem se considerar escravizados a eles...
Mormente quando a criatura praticante faz o tal despacho pretendendo o mal de
alguém! Ai é que eles tomam conta mesmo do infeliz encarnado ofertante.
Acompanham-no, tomam pé e o envolvem de tal maneira, se infiltram de tal forma
em suas ações psíquicas que acabam fazendo dele um “farrapo humano”,
prejudicando até os que, ingenuamente, estão em torno dele ou os que seguem a
sua orientação.
Agora vamos falar da 3a classe – que supera tudo o que dissemos sobre os outros
– a dos espíritos vampiros, ou melhor, pelo linguajar de guerra de nossos pretosvelhos...
“das hienas do baixo mundo astral”...
Esses vampiros ou hienas do baixo mundo astral são o que na interpretação
simples dos terreiros se chamam “omoluns”... (os quais dizem chefiar a linha das
almas – fazendo referência a essa citada primeira classe: almas penadas, aflitas etc.,
o que é um conceito errôneo).
Até nos “treme” a pena, ao nos prepararmos para levantar mais esse véu ou essa
questão, muito embora o façamos da maneira mais leve possível. Porém, temos
que o fazer no inadiável dever do esclarecimento e também no propósito de tentar
a salvação de irmãos que, cegos pela ignorância, por ali trafegam com “seus
despachos”, sem saberem que, com a repetição dessas práticas, estão assinando
suas “sentenças karmicas”, pois que ficam comprometidos, “presos” a esses
sugadores infernais e quando desencarnarem serão mesmo sugados para certas
regiões ou “antros de trevas do astral inferior”, por esses vampiros ou por essas
hienas a quem eles tanto alimentaram com oferendas grosseiras...
Pois que, esses espíritos vampiros não são nem o que podemos considerar como
os citados exus-pagãos, dos 1o e 2o ciclos de evolução na faixa vibratória dos Exus
de Lei...
São, em realidade, seres espirituais que, por circunstancias que fogem
completamente a uma explicação cabível nessa obra, nem ainda encarnaram uma
só vez... não tem nem um “corpo-astral” ainda aplicável ao Reino Hominal.
Vivem se “alimentam” dos odores ou das putrefações cadavéricas e sentem
irresistíveis desejos pela vida carnal, bem como por todo tipo de oferenda pesada,
que leve sangue, carnes, álcool e coisas similares...
Infelizes, desgraçados dos praticantes de baixa magia que botam esse tipo de
oferendas nos cruzeiros dos cemitérios ou mesmo dentro deles ou nos portões...
Vão provocar reações tão tremendas neles e em torno de si, nos seus ambientes
de trabalho, no lar etc., isto é, em seus familiares, sem falar no ambiente de seu
próprio terreiro – caso seja ele um desses tais “chefes-de-terreiro”.
Então, se for médium mesmo, vai sofrer tremendos impactos fluídicos de larvas
sobre sua aura ou seu perispírito (corpo-astral) que, em conseqüência, seus fluidos
neuro-mediúnicos decairão tanto, a ponto de os perderem completamente ou se
reduzirem a 20 ou 30% de sua vitalidade mediúnica. Há, em linguagem mais
simples, uma queda fatal na mediunidade de quem realmente a tenha...
Para darmos apenas mais um simples exemplo, podemos afirmar com toda a
certeza que, se a criatura médium for apenas uma vez a esses locais para fins de
tais trabalhos – ligados a esses tipos de oferendas, pode procurar imediatamente os
socorros espirituais de uma boa Tenda de Umbanda, porque, se não, vai ver o que
acontecerá para o futuro em sua vida...
E se o médium ofertante for mulher o caso estão assume outros aspectos. Eles –
as hienas do baixo astral - têm uma tremenda atração pelo sexo feminino, por
causa do catamênio (fluxo menstrual) e se infiltram por suas sutis correntes
nêuricas que têm ligação e que provocam o citado fluxo menstrual ou sanguíneo e
não saem mais da faixa da infeliz médium mulher...
Daí começa a aparecer nela – a mulher médium praticante dessas coisas – uma
série de distúrbios imprevisíveis e de “estouros” de toda espécie, inclusive
incuráveis doenças útero-ovarianas e acentuado histerismo, assim, em
conseqüência, é comum acontecer os desmantelamentos dos lares, os amantes,
enfim, vem a decaída, a queda fatal... Pudera! Ela está sendo “trabalhada”,
sugada, impulsionada e não sabe disso!...
E se a pobre médium for uma dessas tais “babás de terreiro” que vivem na
indústria dos “despachos” para os cemitérios e lá comparecer na fase de sua
menstruação ou mesmo quando já estiver com os sintomas precursores dela,
então.. nem é bom dizer o resto...
Mas – então? Estamos “proibindo” realizar “trabalhos” por ali? Não! Longe
disso! O que estamos é alertando para certos tipos de “trabalhos”, dentro de certas
condições e para certos fins, por quem não tem ordem e diretos de trabalhos. Por
quem não tem competência, por quem não tem os conhecimentos indispensáveis
dentro da linha justa da caridade, quando o caso requer a penetração nesses
ambientes...
Em suma: só se deve fazer certos e necessários trabalhos nesse setor quando a
ordem parte de uma entidade mentora, de um Guia, de um Protetor, isto é, de um
caboclo ou preto-velho de verdade, que se responsabiliza e sabe como manda,
como faz e como encaminha o dito trabalho. Porque ele faz a cobertura espiritual,
toma precauções especiais, quer por cima, quer por baixo. Fora disso, é suicídio
mediúnico, espiritual ou karmico!
E finalmente: para demonstrarmos que nosso caso (ou missão) é esclarecer, guiar
etc., vamos dar algumas das principais precauções que o médium-umbandista
deve tomar, quando, por alguma circunstancia ou mesmo para fim de algum
trabalho necessário de ordem superior e na linha justa de uma descarga ou
obrigação de caridade, tiver de penetrar nesses locais – cemitérios...
A) Ao sair da Tenda ou de sua casa, acenda uma lâmpada (iluminação pelo
azeite) em louvor de sua Entidade de Guarda; faça suas orações de firmeza e
ponha um copo com água ao lado. A luz da lamparina deve permanecer até
se acabar todo azeite. A água de copo deve ser despejada (depois) numa
planta qualquer.
B) Não ponha no pescoço nenhuma “guia” particular de caboclo ou pretovelho,
como nenhum “talismã” que porventura possua. Se assim fizer, vai
abala a tônica eletromagnética deles e isso implicará depois numa “limpeza
e afirmação especial”...
C) Coloque em seus bolsos 3 dentes de alho e 3 pedras de sal grosso.
D) Ao chegar na entrada do cemitério (o portão), faça uma evocação mental
para sua Entidade de Guarda e para seu protetor mais afim, em nome de
Miguel Arcanjo, para que ele o possa acompanhar. De par com isso, leve um
pedaço de carvão virgem e faça uma cruz (riscar) em cada sapato (sola).
E) Depois que tiver realizado o que foi fazer, retire-se e logo à saída deixe ficar
os 3 dentes de alho e as pedras de sal...
F) Ao chegar à porta de sua casa ou de seu terreiro, deve ser esperado com um
defumador de palha de alho ou outro apropriado, para uma vigorosa
defumação...
G) Não entre calçado. Bata bem os sapatos para escoimá-los de todo pó ou terra
proveniente do ambiente em que esteve. Trate de mudar toda a roupa que
vestiu para essa obrigação e imediatamente leve-a para a lavagem...
H) E sobretudo não se esqueça que tais obrigações têm quer ser realizadas
dentro do máximo respeito e ausência de qualquer conversação inadequada
a esse ato...
Texto extraído do Livro: Segredos de Magia de Umbanda e Quimbanda.
W W da Matta e Silva – Mestre Yapacani
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