segunda-feira, 4 de julho de 2011

A REENCARNAÇÃO NO PLANO SOCIAL

A Reencarnação no Plano Social

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1. Expiação e Progresso
Segundo a Doutrina Espírita, Deus cria os espíritos na simplicidade e na ignorância, tendo tempo e espaço para progredirem. Para que possam desenvolver suas potencialidades necessitam encarnar num corpo material. As encarnações são sucessivas e sempre muito numerosas, pois “o progresso é quase infinito.” (1)

Os espíritos falam sobre o papel da reencarnação na pergunta 167 de O Livro dos espíritos, onde Allan Kardec formula a seguinte questão: “Qual é a finalidade da reencarnação? Expiação, melhoramento progressivo da humanidade. Sem isso, onde estaria a justiça?”

Quando os espíritos respondem primeiramente que a reencarnação tem uma finalidade expiatória, eles não querem dizer que ela seja punitiva e condenatória.

A palavra expiação tem várias acepções (castigo, penitência, cumprimento de pena, sofrer conseqüências de, preces para aplacar a divindade etc.) que são comumente associadas à idéia de pecado e mortificação. Idéia essa estranha à concepção espírita.
Considerando as várias acepções existentes, a que mais se acomoda ao que os espíritos colocaram é a de “sofrer conseqüências de”, em conformidade com o livre-arbítrio e a Lei de Ação e Reação.

Sobre a finalidade da encarnação, os espíritos respondem que “Deus a impõe com o fim de levá-los à perfeição. Para uns, é uma expiação, para outros, uma missão. Mas, para chegar a essa perfeição, eles devem sofrer todas as vicissitudes da existência corpórea: nisto é que está a expiação.” (2)

O termo expiação, usado constantemente pelos espíritos, aparece acompanhado de uma explicação bem sintética e muito densa, quando analisada com mais cuidado.

O espírito, quando encarnado, acha-se sujeito a uma série de limitações impostas pelo seu corpo físico. Há as dificuldades de comunicação, transporte e a falta de uma série de instrumentos que o corpo não possui. “No físico, o homem é como os animais e menos bem provido que muitos dentre eles; a natureza lhes deu tudo aquilo que o homem é obrigado a inventar com a sua inteligência, para prover às suas necessidades e à sua conservação”. (3)

O ser humano, desde as cavernas até os nossos dias, tem buscado vencer suas limitações como espírito encarnado. Depois de um processo incessante de conhecimento e domínio da natureza, ele hoje exerce sobre ela um controle quase que total. Os transportes, os meios de comunicação, estão bem avançados e há um desenvolvimento das ciências nunca antes presenciado pela humanidade.

As vicissitudes da vida, que os espíritos responderam como sendo uma expiação ou missão, dependendo de cada um, têm levado o ser humano a desenvolver a sua inteligência para prover as suas exigências biológicas que, pela própria natureza humana, extrapolam o plano material, para se colocarem no plano moral e social. Através do contato interpessoal também busca a satisfação de necessidades de ordem psicológica pelo convívio, afeto e troca de emoções. Tais necessidades podem caracterizar uma situação de expiação, dependendo da forma como ele se relaciona e do grau evolutivo em que se encontre.

Para o Espiritismo, expiação, em suma, não tem significado de penitência, condenação ou punição. Seu significado, como os espíritos estabeleceram, é o de desafio à inteligência e à condição moral do espírito. Um desafio constante que visa promover o progresso individual e coletivo.

2. Visão Deturpada
Porém, para muitos, a reencarnação é tida unicamente como punição que o sujeito sofre pelas faltas cometidas em outras existências.

A Lei de Ação e Reação é considerada como uma lei mecanicista, que provoca situações determinadas autoritariamente por espíritos elevados, à revelia do reencarnante. Transparece a idéia de castigo divino, disfarçada por uma visão distorcida de muitos conceitos espíritas.

A influência do cristianismo ainda é muito forte, pois a nossa formação cultural se encontra imersa na idéias cristãs. Isso ocasiona, a priori, uma postura ideológica de rejeição quase que imediata, diante de qualquer conhecimento novo, ou de adaptação, aprisionando determinados conceitos espíritas ao pré-conceito já estabelecido ao longo das existências. É o que vem acontecendo no meio espírita onde a influência, principalmente do catolicismo, é muito marcante.

As visões deturpadas que se têm dos princípios fundamentais do Espiritismo provocam análises ingênuas, permeadas de misticismo e intenções salvacionistas. A Lei de Ação e Reação, aplicada mediante a reencarnação, vem assim fundamentar a idéia de que o nosso planeta seja um local de sofrimento, que viemos aqui para pagar e sofrer, tendo que nos conformar com a nossa situação existencial. E, para enfrentar tal realidade, busca-se a “reforma íntima” para se livrar do expurgo do Terceiro Milênio, transportando para o Espiritismo a idéia de Juízo Final, aceita pelo cristianismo.

3. Reencarnação e Alienação
Esses pensamentos fatalistas e antidoutrinários aprisionam as pessoas num moralismo bitolante, estabelecem um modelo de comportamento inautêntico, que busca mudanças através de um conjunto de regras, onde o mundo passa a ser dividido de forma maniqueísta, entre o que se deve e o que não se deve fazer.

Devido a essas deturpações doutrinárias, efetuadas pelos espíritas desde que o Espiritismo começou a se difundir no Brasil, ele tem sido considerado, por eminentes pensadores de nossa época, como uma religião conformista, que anestesia as consciências, alienando os indivíduos dos problemas atuais, devido à visão de resignação que, segundo eles, é instituída pela idéia da reencarnação.

O Espiritismo é, acima de tudo, uma nova ordem de idéias acerca da vida e da existência do ser humano como criatura imortal e perfectível, tendo todas as condições conceituais para ajudar a promover uma revolução cultural no nosso planeta.

A lei dos renascimentos sucessivos, segundo a visão espírita, abre perspectivas nunca antes contempladas. A imortalidade, exercitada pelo espírito ao longo de suas existências num processo contínuo de evolução infinita, vem elucidar uma série de questões que vão desde o plano biológico, psicológico ao plano social, até então inexplicáveis, tanto pelos espiritualistas como pelos estudiosos das leis que regem o mundo material.

Conforme Allan Kardec, “a encarnação não é uma punição como pensam alguns, mas uma condição inerente à inferioridade do espírito e um meio dele progredir” (4); “a encarnação é necessária ao duplo progresso moral e intelectual do espírito; ao progresso intelectual pela atividade obrigatória do trabalho; ao progresso moral pela necessidade recíproca dos homens entre si. A vida social é a pedra de toque das boas e más qualidades”. (5)

4 – O Social na Visão Reencarnacionista
O retorno à vida corporal demonstra a soberana bondade e justiça do Criador, que sempre oferece uma nova oportunidade de reajuste e continuidade do trabalho não concluído. Faz parte da Lei de Progresso, que ocorre tanto em nível individual como coletivo, onde os planetas e até as galáxias acham-se submetidos à evolução.

O espírito, de posse de seu livre arbítrio, estabelece a sua situação no relacionamento com os companheiros em evolução, frente a problemas que necessita solucionar através do trabalho constante. Estando encarnado, dá continuidade ao seu processo de crescimento em todos os sentidos. Os sofrimentos individuais e coletivos têm, desse modo, a sua razão de ser, pois cada um constrói a sua própria vida e está aqui não para simplesmente sofrer, de forma abnegada e impassível, mas para vencer a si mesmo e superar os problemas causados pelas suas imperfeições, sua inexperiência, seja na família ou na sociedade.

Todos os obstáculos a serem removidos pela nossa atuação não existem ao acaso. Por outro lado, a nossa existência não é projetada arbitrariamente pelo “plano espiritual”. Trata-se de uma condição natural determinada pelo nosso estágio evolutivo.

A injustiça e a opressão sociais estabelecem relações que definem situações existenciais utilizadas pela Natureza para a evolução dos espíritos, que pelas suas necessidades de reajuste educativo, reencarnam em um meio adequado e conveniente para com o gênero de provas no qual aspiram.

A escolha das provas existenciais que desejam experimentar é feita livremente, de acordo com sua capacidade e merecimento, assessorados, segundo a teoria espírita, por espíritos mais elevados, responsáveis pelos renascimentos físicos. As chamadas provas existem para serem enfrentadas e vencidas, constituindo um desafio para o espírito, artífice da sua própria evolução.

O entendimento da lógica da organização social necessita do conhecimento de sua estruturação interna e de como se deu historicamente o estabelecimento das atuais relações econômicas.

A leitura e o estudo de diversos pensadores que se debruçaram sobre as questões sócio-econômicas, como Keynes, Marx, Engels, Weber etc., ao lado da Kardequiana e de seus continuadores, oferece condições para que haja uma interpenetração conceitual, que resultará numa visão fundamentada do fenômeno social segundo o Espiritismo. No entanto, o que se tem notado no movimento espírita é uma reação a qualquer tentativa de se intervir no plano social, cabendo lembrar a pressão e a marginalização que sofreram os integrantes do MUE (Movimento Universitário Espírita) nos anos 60, que marca um deprimente episódio da história do Espiritismo no Brasil.

A problemática social ainda é justificada inocentemente pela Lei de Ação e Reação e se não tomarmos cuidado, repetiremos erros históricos, como no caso da Índia, onde as castas eram justificadas pela reencarnação devido a interesses ideológicos que desfiguram a sua divulgação para as massas.

O social, dentro da perspectiva reencarnacionista, apoiada nas teorias sociológicas, torna-se mais abrangente, abrindo campos de análise ainda desconsiderados pelos cientistas sociais e pelos próprios espíritas. O seu entendimento possibilita condições para se analisar a injustiça e as desigualdades sociais, onde os espíritos encarnados diante de tal quadro, geram conflitos necessários à mudança da ordem social, em busca de seu bem-estar, caracterizando tais conflitos, o que Karl Marx denominou de luta de classes. “As convulsões sociais são a revolta dos espíritos encarnados contra o mal que os oprime, índice de que anseiam por um reino de justiça, do qual têm sede, sem entretanto saberem bem o que querem e os meios de consegui-los.” (6)

“O bem-estar é um desejo natural” (7) que predomina em todos os homens. Se desprovidos das condições essenciais para a sua reprodução e conservação, se revoltam violentamente ou, em outro extremo, devido à ideologia dominante e conservadora, se conformam. A busca do bem-estar, segundo o Espiritismo, é necessária e nunca será um crime se for conquistada sem o prejuízo de alguém.

Os espíritos sustentam que as desigualdades sociais não são obra de Deus, são obras dos homens e serão eles próprios que através de existências sucessivas irão eliminando essas desigualdades.

Humberto Mariotti, em sua magistral obra Parapsicologia e Materialismo Histórico (Edicel – 2ª edição/cap. XVI) coloca o seguinte:

“A reencarnação, ou lei palingenésica, não justificará, como ainda se pretende, as desigualdades sociais. A lei de causalidade espiritual ou existencial não determina as formas de sociedade, pois o destino individual do homem carece de força histórica para estabelecer um regime social, baseado no sistema de propriedade privada”, e acrescenta ainda que “a lei de renascimento origina destinos individuais, mas não poderá jamais determinar sistemas sociais. Os sistemas ou formas de convivência social, estabelece-os a ciência da sociedade, elaborada pelo mais brilhantes espíritos”.

A existência de comunidades desprovidas de recursos essenciais a sua existência nunca será legitimada pela reencarnação, pois sabemos que, historicamente, os ricos sempre foram minoria, havendo portanto uma desproporção aritmética entre ricos e pobres que, em todos as épocas da humanidade, constituíram a grande massa.

A aceitação conformista dos problemas de natureza econômica e política, concebendo-os como algo estático e insensível a mudanças pelas nossas ações, vem atender aos interesses de uma elite que quer se perpetuar no poder. A necessidade de se transformar a nossa sociedade desigual em uma sociedade igualitária torna-se um dever, implicando numa melhoria do planeta em que vivemos a fim de que todos possamos progredir de forma sadia e adequada.

5. Individual e Coletivo
Através da reencarnação ocorre uma integração constante entre o mundo físico e o extrafísico. Um reage sobre o outro, incessantemente. Tanto os espíritos quanto os homens, que são também espíritos, desempenham um papel imprescindível no aperfeiçoamento da humanidade, pois além de promoverem seu progresso individual, estão colocados “em condições de enfrentar sua parte na obra da criação.” (8)

Afirma o pensador espírita Herculano Pires, com muita propriedade, que “a renovação do homem implica a renovação social, mas desde que o homem renovado se empenhe na transformação do meio que vive, sendo esta, aliás, a sua indeclinável obrigação.” (9)

Essa posição é reafirmada por Herculano nas seguintes palavras: “melhorar apenas o homem numa estrutura imoral equivaleria a melhorar a estrutura com um homem imoral” (10) e “transformar o mundo pela transformação do homem e transformar o homem pela transformação do mundo, eis a dialética do Reino.” (11)

É um equívoco pensar que o Espiritismo propõe a renovação social a partir de uma transformação individualista e que os seus princípios levem o indivíduo a promover a sua transformação na intimidade de sua consciência, sem se politizar e desempenhar o seu papel social como espírita e ser político que é.

Allan Kardec afirma que o “resultado de todos os progressos individuais é o progresso geral” (12) e complementa essa afirmação ao dizer que “a aspiração do homem por uma ordem de coisas melhor que a atual é um indício certo da possibilidade de que chegará a ela. Cabe, pois, aos homens amantes do progresso, ativar este movimento pelo estudo e a prática dos meios que julgam mais eficazes.” (13)

O homem, “concorrendo para a obra geral, também progride” (14). É parte primordial da sociedade e a sociedade, seu espaço de integração. Assim como não pode viver sem a sociedade, a sociedade sem ele deixaria de existir. Um reafirma o outro. “No isolamento o homem se embrutece e se estiola” (15) e a necessidade de sociabilização se impõe como um impulso natural, necessário para o seu progresso e o da coletividade.

Pelos renascimentos sucessivos, o trabalho elaborado em prol de uma sociedade mais fraterna nunca será em vão, pois além de ser uma herança para os que momentaneamente permanecem encarnados, será uma futura recompensa para quem reencontrar a realidade que ajudou a transformar.

Notas Bibliográficas
(1) O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – pergunta 169 (Lake – 41ª edição).

(2) Idem – pergunta 132.

(3) Idem – pergunta 592.

(4) A Gênese – Allan Kardec – cap. XI – item 26 (FEB – 20ª edição).

(5) O Céu e o Inferno – Allan Kardec – cap. VIII/&8. (FEB – 22ª edição).

(6) Obras Póstumas – Allan Kardec – 1ª parte/As Expiações Coletivas (Lake – 2ª edição).

(7) O Livro dos Espíritos – pergunta 719.

(8) Idem – pergunta 132.

(9) Espiritismo Dialético – J .Herculano Pires; O Indivíduo e o Meio. (edições A Fagulha – MUE).

(10) O Reino – J.Herculano Pires. Cap. VIII (Edicel – 1ª edição).

(11) Idem – cap. VIII.

(12) Obras Póstumas – Allan Kardec – 2ª parte/Credo Espírita.

(13) Idem – Allan Kardec – 2ª parte/Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

(14) O Livro dos Espíritos – pergunta 132.

(15) Idem – pergunta 768.

Texto originalmente publicado no periódico santista Espiritismo e Unificação (maio de 1985).

Eugenio Lara é arquiteto e jornalista. Membro-fundador do Centro de Pesquisa e Documentação Espírita (CPDoc) e do Instituto Cultural Kardecista de Santos, redator do jornal espírita Abertura e um dos coordenadores do site PENSE – Pensamento Social Espírita.

SINDROME DO PÂNICO NA VISÃO ESPÍRITA

Síndrome do Pânico na Visão Espírita

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Entrevistado: Jaider Rodrigues de Paulo
Tema: Síndrome do Pânico na Visão Espírita
Número de questões: 30

- Questão 01:

O que é Síndrome do Pânico?

Resposta: É uma vivência geralmente abrupta sem motivos aparentes levando o individuo portador a um estado de pavor, medo de morrer e de enlouquecer, como sentimento de estranheza e varias sintomas orgânicos tais como taquicardia, sudorese, mau estar, boca seca, falta de ar e outros.

- Questão 02:

Quais são as medidas profiláticas dessa síndrome?

Resposta: Toda e qualquer atitude salutar diante da vida.

- Questão 03:

Quais são as causas da síndrome do pânico?Orgânicas-genéticas ou espirituais (obsessivas)?

Resposta: A ciência oficial ainda não tem uma causa definida e clara para esta síndrome.

Somos do parecer pelos estudos que já fizemos que o núcleo central da síndrome do pânico está na reencarnação transata quando o individuo teve uma morte violenta prematura por acidente ou suicídio. Nas regressões de memórias que submetemos a alguns clientes com essa síndrome encontramos em todas uma morte traumática. A dificuldade em desvenciliar-se do corpo físico morto, sentindo as conseqüências de sua decomposição, fixa no perispirito das pessoas aquelas impressões desagradáveis que o corpo físico da seguinte reencarnação, não
consegue apagar.

De uma maneira geral temos observado que pessoas que têm síndrome do pânico tem medo de cemitério e não gostam de freqüentar velórios, ou seja, evitam inconscientemente aqueles locais aonde sofreram muito. Quanto à parte genética, há a possibilidade de transmissão autossômica dominante com reentrância parcial do gene do cromossomo 16.

- Questão 04:

Como podemos viver em harmonia com alguém que sofre dessa síndrome?

Resposta: Primeiro entendendo que se trata de uma pessoa enferma necessitando de compreensão e apoio. Segundo, auxiliando-o em seu tratamento especializado.

- Questão 05:

Na pratica do dia a dia, como podemos ajudar a um companheiro que possui a síndrome do pânico?

Resposta: Procurando entender o seu sofrimento e fazendo a ele o que você gostaria que fosse feito a você, como por exemplo, evitando criticas exigências que ela não dá conta de fazer.

- Questão 06:

Sensação de medo do futuro, ansiedade, tontura gerando insegurança, sensação de falta de ar, são possíveis sintomas da síndrome do pânico?
A síndrome do pânico pode ser confundida com a aproximação de energias estranhas á nossa?

Resposta: Não, estão mais parecidos com crise de ansiedade. Com energias estranhas sim, principalmente se a pessoa for médium.

- Questão 07:

Gostaria de saber se a obsessão é sempre a causa desta síndrome, e se devemos tomar remédios controlados para amenizar as crises já que estes viciam e afetam o perispirito, e também sobre a terapia de regressão se é talvez o caminho para a cura?

Resposta: Primeiro há um engano na afirmação. Síndrome do pânico não tem ao nosso ver como causa a obsessão.Isso é vicio de interpretação de espíritas mal informados que afirmam que tudo que um individuo sente em nível mental ou é obsessão ou mediunidade. Isso revela desconhecimento das obras de Kardec. Um processo obsessivo agrava um quadro de síndrome do pânico, mais isso não quer dizer que seja a etiologia da mesma. Quem tem síndrome do pânico necessita de tratamento especializado. Quanto ao fato dos medicamentos afetarem o perispirito, isso é uma verdade somente se o individuo usa o medicamento de maneira abusiva e não procura fazer nada que venha a modificar as suas atitudes diante da vida. A regressão de memória pode ser muito útil para o paciente portador dessa síndrome.

- Questão 08:

Atualmente estou ficando com a língua, os braços e as pernas dormentes, sem contar com a sensação de perda de consciência e sensação de falência. Já realizei vários exames e fui a diversos especialistas, todos me dizem que estou com síndrome do pânico. Tenho discordado, pois além de não estar com medo de sair de casa e das pessoas (o que é um sintoma), essas crises aparecem nos momentos de maior relaxamento. Tenho a impressão que essa sensação tem influencia espiritual. Pergunto: é possível associar esses sintomas com a questão espiritual.

Resposta: Acreditamos que sim, embora falte ainda uma anamnese mais detalhada para suspeitarmos de síndrome do pânico.

- Questão 09:

Como lidar com esta síndrome com um filho adulto e espírita?

Resposta: Por ser espírita seu filho tem mais recursos para lidar com a doença embora tenha necessidades de tratamento medico. Os recursos espíritas ajudam a amenizar as influenciações espirituais o que pode aliviar muito a sobrecarga sobre o paciente. Porem repetimos que ele necessita de tratamento especializado.Você pode encentivá-lo a procurar tais ajudas.

- Questão 10:

A síndrome do pânico pode atingir alguém que mora em uma cidade pacata, do interior?

Resposta: Perfeitamente.

- Questão 11:

A síndrome do pânico não deveria ser tratada como obsessão? Por que espíritas se refugiam na medicina quando não querem enfrentar a causa espiritual primaria de muitas doenças?

Resposta: Não porque não é simplesmente uma obsessão. Trata-se de uma nosologia medica com tratamento medico. Querer tratar problemas psicológicos e orgânicos somente com recursos espirituais é não aceitar a realidade e muitas vezes refugiar-se na doutrina espírita para não aceitar que está doente. O inverso também ocorre como você está dizendo. Tem muitos espíritas que refugiam-se em consultórios médicos quando na realidade deveriam assumir as suas necessidades espirituais.

- Questão 12:

Onde eu poderia ter algum esclarecimento sobre o tema?

Resposta: Dentre muitas revistas medicas e livros que versam sobre o assunto, existe um livro com o titulo “pânico” de Mario Eduardo Costa Pereira muito bom.

- Questão 13:

Até que ponto a mente influencia no comportamento do individuo e o ajuda a conquistar o que deseja, tanto material quanto espiritual?

Resposta: A mente está na base de todos fenômenos humanos. Uma vontade firme determinada é capaz de realizar prodígios muitas vezes inimagináveis por nós.

Como dizia Eistein é preciso crer para ver.

- Questão 14:

Quando se acorda, sentindo um medo que não se sabe de que, um vazio, apesar de ter inúmeras atividades, isso é síndrome do pânico?

Resposta: Não. É bem provável que sejam vivencias obsessivas ou admoestações feitas por mentores nos orientando que estamos fora do caminho programado.

- Questão 15:

Como diferenciar síndrome do pânico de uma influenciarão, uma aproximação de alguma entidade espiritual?

Resposta: A síndrome do pânico apresenta sintomas característicos embora, alguns possam confundirem-se com influenciação espiritual. Uma influenciação de tamanha proporção já esta nas raias da obsessão e essa apresenta outras características. Os pesadelos persecutórios com despertar na madrugada com medo, insônia por medo de dormir, irritabilidades constantes crises de ansiedades sem outros sintomas físicos, mudanças de humor constantemente, idéias esquisitas invadindo a mente do individuo, aversões sem justificativas, pensamentos suicidas e outros quase sempre estão presentes nas obsessões.

- Questão 16:

Ocupar o nosso tempo com atividades úteis, alegres, participativas auxiliam o tratamento de pessoas que tem síndrome do pânico?

Resposta: Muito porque elevam o padrão mental da pessoa, fazendo-a vibrar numa oitava a cima do normal dela,dificultado as incursões inconsciente da mente nos dramas passados que ao nosso ver são as verdadeiras causas da síndrome do pânico.

- Questão 17:

Não sei se aplica ao pânico, mas como se analisa a questão do medo advindo de experiências nessa existência que minaram a confiança da pessoa ( ex.. sofrer atos de violência física ou mental, acidentes, etc )? Qual o melhor caminho para se desvencilhar desse medo?

Resposta: Essas experiências traumáticas muitas vezes tornam o individuo mais sensível e costumam despertar dificuldades ocultas que até então estavam sobre controle em seu campo mental.Nesses casos o bom seria procurar um profissional competente que ajudasse a pessoa a se dessensibilizar-se desses traumas.

Existem técnicas de tratamento para isso.

- Questão 18:

O que fazer quando percebo que a “crise” está começando… o coração passa de 220 batimentos por minuto… tenho medo de enfartar ( o cardiologista falou que não tenho nada no coração). Eu começo a orar, peço ajuda,mas parece que não consigo evitar…estou tomando passe e água fluidificada.

Resposta: Normalmente é isso que acontece. As pessoas dizem: rezo, rezo, rezo e não melhoro vou ao centro tomo passe água fluidificada e nada será que Deus esqueceu de mim? A sua questão vem reafirmar o que estamos dizendo: paciente com síndrome do pânico necessita de tratamento especializado, alem da ajuda espiritual.

- Questão 19:

Senti-me mal e foi diagnosticada síndrome do pânico. Sou espírita e fiquei com uma interrogação : ouvi dizer que tem a ver com falta de fé, mas não me considero sem ela. Isto é correto?

Resposta: As maiores dificuldades que temos na vida realmente é por falta de fé. Mas no caso da síndrome do pânico isto não é apanágio da falta de fé propriamente dito.

- Questão 20:

Teria a síndrome do pânico algum papel punitivo ou educativo na encarnação?

Resposta: Punitivo não porque Deus não pune os seus filhos que erram porque são ignorantes. Essa idéia de punição são resquícios de idéias religiosas da “psicologia do inferno”. Educativas sim. Pois todo sofrimento quando bem entendido tende a levar a conscientização da pessoa.

- Questão 21:

Uma pessoa que tenha um problema tipo ciúme obsessivo, pode ter síndrome do pânico?

Resposta: Pode sim, mas não vejo ligação direta entre eles.

- Questão 22:

Tenho uma formação espírita desde criança, leio livros espíritas, participo de reuniões semanais e faço o evangelho no lar. Mesmo assim não consigo me livrar da síndrome de pânico, tomo regularmente Rivotril, duas vezes ao dia e nas tentativas que fiz para parar de tomar me senti péssima. Tudo começou após o nascimento de minha filha, hoje possui dez anos. A sensação que tenho é que alguma catástrofe está para acontecer, a todo instante mas principalmente a noite e em ambientes fechados. Tenho muito medo de que algo me acontece, pois, mesmo acreditando na vida em outro plano, não quero que minha filha sofra a minha falta ainda tão nova, não quero vê-la sofre. Atualmente tenho sofrido muito, pois o meu marido está desempregado e a empresa que eu trabalho já avisou que irá demitir s funcionários, pois está sendo adquirida por outra. Não tenho me sentindo bem e, mesmo com os remédios, vivo em pânico, acordo durante a noite e fico pensando como vou sustentar a minha família. Às vezes tenho vontade de morrer, mas ao mesmo tempo não quero que isto aconteça pois quero criar a minha filha, encaminha-la na vida. Estou sofrendo muito. O que o espiritismo pode ajudar quanto ao pânico?

Resposta: O seu quadro ao nosso ver trata-se de transtorno de ansiedade generalizado, complicado pelas vicissitudes da vida. Não me parece estarmos diante de um quadro de Síndrome do Pânico característico. Você necessita de fazer o tratamento deste transtorno e trabalhar mais a sua fé no criador.

Alias, no momento atual pelo qual passamos, todos nós necessitamos buscar na nossa fé, a força necessária para vencermos essas dificuldades que assolam o nosso país.

- Questão 23:

Quero saber como devo agir no meio de tanto estresse, para evitarmos tê-la, e melhor, como auxiliar alguém que esteja começando a tê-la ou até já esteja em grau um pouco mais adiantado da doença?

Resposta: Fazendo uma analise de como você está administrando a sua vida. O que realmente é necessário e o quê está de supérfluo ocupando o espaço do vital para você. Nós muitas vezes sofremos desnecessariamente por não sabermos o que queremos da vida. Necessitamos priorizar em nossa vida o que realmente é necessário. Leia o livro “mereça ser feliz” vai lhe ajudar muito, espero.

- Questão 24:

Deve a pessoal que tem síndrome do pânico, tomar medicação? A meu ver trata-se somente de obsessão.

Resposta: Já foi respondido em outra parte (questões 4 e 11).

- Questão 25:

Milha filha apresentou esse problema há alguns anos atrás. Os médicos demoraram muito para diagnosticar; tiveram que fazer muitos exames. Enfim, ela ficou sete dias internada. Fez tratamento alopático e só. Gostaria de saber se há possibilidade de voltar o problema e em que situação?

Resposta: Geralmente são os psiquiatras ou cardiologista que fazem o diagnostico com mais facilidades devidas ser muito freqüente em suas clinicas tais pacientes. Junto com o tratamento alopático (sempre necessário), deve-se buscar a psicoterapia e também os tratamentos complementares. A ajuda espiritual é muito benéfica. Leituras salutares, o hábito da oração, esportes, divertimentos sadios são muito importantes para manter a mente da pessoa sempre em um nível superior, pois o pessimismo o vicio de mentalizar o lado negativo da vida podem ser fatores desencadeante das crises.

- Questão 26:

Sou casada há l2 anos e tenho um filho de seis anos. Tenho sofrido ao longo de sete anos entre período de depressão e outro, e hoje foi diagnosticado que tenho além de fibromialgia, que é um distúrbio neurológico, a síndrome do pânico. Há dias que é ainda mais intensos o meu pavor e aversão ao mundo externo. Gostaria de saber porque esta síndrome se instala e se há cura.

Resposta: A causa como já falamos alhures, é desconhecida pela ciência. Existem varias hipóteses, mas nenhuma por si responde todas as questões. É muito comum depressão, fibromialgia e síndrome do pânico, estarem presente numa mesma pessoa. No final destas questões exporemos o nosso ponto de vista sobre a síndrome do pânico.

- Questão 27:

Como ajudar uma pessoa com esses sintomas fora de um centro espírita?
A terapia de regressão a vidas passadas não incorre em riscos para o paciente (se Deus nos deu a benção da amnésia parcial, será beneficio relembrar certas vivencias)?

Resposta: Aconselhando-a procurar um médico em primeiro lugar. Depois a orientando fazer uma revisão de como tem vivido. Procurar vincular-se a um trabalho voluntário em favor de alguém e não esquecer de buscar o habito da oração.Quanto ao fato da regressão de memória a vivência passadas, costuma ser muito útil no tratamento destas pessoas. O esquecimento do passado é realmente uma benção, mas não impede que busquemos recursos para a solução dos nossos problemas hoje. O nosso “ EU” superior só permitirá vir á consciência aqueles fatos que o nosso psiquismo de superfície já suportar elaborar. A mente tem os seus mecanismos de defesas, que protegem a integridade psíquica. Quando Emmanuel desaconselha vasculhar o passado, afirma isso nas questões de curiosidade e não para tratamento. Para tratamento somos do parecer que é valido desde que seja feito por profissional competente.

- Questão 28:

Como o medo e a solidão influenciam no processo da síndrome do pânico?

Resposta: O medo quando em grau superlativo, é o pior sentimento que uma pessoa possa sentir. A síndrome do pânico é um medo extremo, que desencadeia vários sintomas numa pessoa. Ele é para nós a porta de entrada da síndrome do pânico.

- Questão 29:

Minha mãe teve síndrome do pânico logo após o desencarne de meu pai (ele ficou doente l5 anos e nesse tempo todo ela dedicou somente a sua doença). Com a síndrome do pânico ela varias vezes foi no hospital com a pressão alta e após varias crises foi constatada a doença. Ele hoje está bem melhor, mas continua tomando os medicamentos. Na mesma época que ela começou o tratamento, ela voltou a aplicar passe no centro. Não sabemos se a melhora foi devido aos trabalhos no centro ou a medicação. Se ela parar com a medicação a síndrome pode voltar? Ela não queria mais ficar tomando tantos remédios.

Resposta: Somos do parecer que foram as duas coisas que redundaram na melhora.

É bom que ela procure o seus medico e converse com ele na possibilidade de reduzir a medicação e observar como ela irá sentir.

- Questão 30:

Observação do entrevistado

Resposta: A síndrome do pânico à nossa experiência tem como provável causa uma morte traumática na reencarnação próxima passada. Geralmente por suicídio. No livro Memórias de um suicida, Camilo Castelo Branco descreve com rara felicidade os principais sintomas encontrados em tal síndrome. A dificuldade em desvencilhar-se do corpo vital quando de um desencarne abrupto provocado direta ou indiretamente pelo próprio individuo é que ao nosso ver responde por todo cortejo de sensações estranhas que a pessoa sente. De uma maneira geral varias sintomas são confundidos com esta síndrome. Ansiedade, palpitação, mal estar e outros por si só não nos autoriza a dar este diagnostico A sensação de desrealização, despersonalização, medo de enlouquecer ou de morte eminente com a angustia de que ninguém pode ajudar, é para nós os principais sintomas dessa síndrome.

Os pacientes em regressão de memória quando acessam estes momentos, nos revelam esses sentimentos. A dificuldade em desencarnar (não de morrer) é que trás esse sofrimento. A morte pode ser de varias maneiras: suicídio, enfarto, guerra, traumas vários, mas é a dificuldade em desvencilhar-se do corpo e ficar preso ao duplo etérico quando o corpo já está morto que é o grande problema. Ao reencarnar o novo corpo não é capaz de abafar as sensações violentas do passado e por ressonância com vivencias atuais , pode abrir-se uma janela dos passados e essas sensações podem materializarem-se na vida atual. O momento da morte como do nascimento é muito importante para todos nós.

VINTE E DOIS TOQUES CONSCIENCIAIS

VINTE E DOIS TOQUES CONSCIENCIAIS
Wagner Borges
(Ponderações Espiritualistas, Simples e Despretensiosas)

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1. Tudo tem um duplo!

(A energia é a base de todas as coisas).

2. Emoções estagnadas bloqueiam a circulação sadia das energias.

(Má resolução afetiva = Bloqueios energéticos e Chacra cardíaco esmaecido).

3. As energias seguem os pensamentos.

(Cada um é o que pensa!)

4. Se a mágoa prende as energias, o oposto também é verdadeiro; o perdão libera as energias e faz o coração virar um sol.

(A compreensão enche a aura de luz).

5. Fios energéticos interligam as pessoas. Às vezes, espíritos densos se agarram nesses fios e interagem com as energias, conectando-se psiquicamente com aqueles que estão interligados. Muitas vezes, através dos acoplamentos áuricos negativos entre pessoas, espíritos densos interligam-se a elas e fazem um verdadeiro trampolim energético, pulando de uma para outra. O objetivo desse pessoal pesado é sempre o vampirismo psíquico e o rebaixamento espiritual de todos.

(Por isso o sábio Jesus ensinava que é preciso “orar e vigiar!”).

6. De que adianta uma vestimenta luxuosa, se, por dentro, o coração está miserável?

(A verdadeira roupa do Ser é sua aura, que reflete bem o que cada um pensa, sente e quer da vida e dos outros. Por isso, é essencial encher a aura de luz, diariamente, e lembrar-se da própria natureza espiritual).

7. Da mesma forma que é necessária e vital a higiene diária do corpo físico, assim também é em relação aos corpos sutis.

(Preces, meditações, mantras, contatos com a natureza, e estudos e práticas espirituais sadias renovam as energias dos corpos sutis e tornam a aura numa verdadeira “vestimenta de luz”).

8. Espíritos assediadores não ligam a mínima para a formação acadêmica de ninguém. Eles entram nas energias das pessoas por sintonia com o que elas pensam, sentem e fazem na vida. Não lhes interessa o diploma ou a cultura da vítima de seu vampirismo, pois, sempre procuram nela o clima psíquico interno adequado para suas atividades nefandas.

(Esse é um paradoxo curioso: espíritos infelizes, sem formação alguma, conseguem infligir grandes danos psíquicos em técnicos e doutores de várias áreas humanas, simplesmente explorando neles o mais básico: suas emoções mal-resolvidas e seus pensamentos estranhos).

10. Outros paradoxos estranhos: médiuns com medo de espíritos desencarnados; iogues que trabalham com práticas respiratórias, mas que são escravos do fumo; doutrinadores de sessões de desobsessão, que, sequer doutrinaram a si mesmos e jamais fazem o que dizem aos espíritos, principalmente perdoar a alguém; passistas, curadores prânicos e reikianos andando no mundo com os chacras das mãos apagados; projetores extrafisicos com medo das saídas do corpo; e espiritualistas variados que sempre falam de vida após a morte, mas não deixam de chorar e visitar tumbas no cemitério no dia de finados.

(E, mais um paradoxo, que nunca consegui entender: estudantes espirituais, de várias linhas, que estudam sobre carma e reencarnação, mas ainda padecem da doença do racismo e do preconceito em seus corações).

11. Ninguém é dono da verdade, mas tem gente que acha que sabe tudo!

E isso só revela o seguinte: dentro da magnitude da vida, em todos os níveis, planos e dimensões, quanto mais se estuda, mais dúvidas aparecem, pois se percebe, claramente, que o que se sabe é bem pouco diante do infinito. Logo, quem estuda a sério e com discernimento das coisas, descobre o óbvio: nunca saberá o bastante, nem em mil vidas…

Em contrapartida, pode descobrir a si mesmo e admirar-se com a grandeza da vida, e isso é mais importante do que os segredos do universo.

(Conhecer a si mesmo é o grande desafio do ser humano).

12. Alguém pode comprar o amor verdadeiro de outro? E que coisa da Terra poderá preencher o vazio existencial do coração?

(Nem bebida ou drogas são capazes de dar o que o próprio coração não descobriu: a arte de ser feliz).

13. Nenhum ser no universo pode dar discernimento a outro. Isso é tarefa íntima e intransferível. É fruto da própria experiência de ousar raciocinar e se erguer para além dos limites sensoriais e dos convencionalismos humanos. Não há nenhuma técnica de despertar da consciência que seja baseada na preguiça e no comodismo.

(Seres de luz podem dar toques conscienciais profundos, mas não podem viver a vida por ninguém).

14. A morte não muda ninguém, só joga a consciência definitivamente para fora do corpo físico, do jeitinho dela mesma, com todas as suas qualidades e defeitos.

(Não, não é a morte que muda a consciência. É a vida. E quem já descobriu isso, não espera a morte chegar para pensar, pois valoriza o tempo de seu viver para aprender o que for possível).

15. A cor da pele dos corpos humanos pode ser amarela, negra, branca ou vermelha, mas, a raça do espírito é da luz.

(Qual seria o povo escolhido de Deus, senão, todos os seres vivos?).

16. Mais do que ocidental ou oriental, cada ser humano é filho das estrelas.

(Ninguém é estranho. Todo ser vivo é cidadão do universo!).

17. Dizem que “Deus escreve certo por linhas tortas”. Isso é verdade. Ele é muito criativo. Mas, bem que o próprio homem poderia escrever melhor nas páginas de sua vida…

(Também dizem por aí que, “pau que nasce torto, vive e morre torto”. Isso não é verdade. Uma das grandezas do homem é poder mudar as coisas e transcender os seus parâmetros limitados. Muitas pessoas mudam de vida e se erguem das cinzas de si mesmas, desentortando a própria consciência e melhorando suas jornadas de sua vida).

18. Amar não é só fantasiar, mas construir e realizar.

(Igual a uma plantinha, um relacionamento precisa ser regado com amor e atenção, senão, seca e morre).

19. Envelhecer não é um problema, faz parte do jogo de viver na Terra. É natural.

Porém, ver o tempo passar e somente ganhar rugas na cara, mas sem amadurecer, isso sim é encrenca!

(Há pessoas de idade com expressões joviais no rosto e cheias de vida e de interesse por coisas novas. Em contrapartida, há jovens com expressões envelhecidas e sem tesão de viver. Então, qual é a idade real de alguém? Aquela que se conta no corpo? Ou aquela outra, bem mais linda, que não se conta nas rugas ou nos cabelos brancos, mas no interesse pela vida e no sorriso franco, como a aurora iluminando a cara?

Ah, tem tanta gente de idade que parece criança arteira e, por isso, não parecem ter idade alguma, a não ser aquela que sua consciência feliz diz.

E tem tanta gente, supostamente jovem, mais parecendo “fim de feira”, chupados e jogados de lado, sem sonhos e sem vida, só ganhando rugas e sem aurora na cara.

Quem é o velho? Quem é o novo?

Ou, melhor dizendo, quem tem brilho na cara?).

20. A melhor fogueira é a do discernimento, que queima as tolices de dentro do próprio coração.

(Talvez, por isso, Jesus tenha ensinado o seguinte: “De que vale a uma pessoa ganhar o mundo, se ela perder sua alma?”).

21. Séculos antes de Buda e Jesus, Krishna já ensinava que o espírito é eterno, não nasce e nem morre, só entra e sai dos corpos perecíveis. Ele dizia para Arjuna, o seu discípulo-arqueiro: “O espírito é imperecível! O fogo não pode queimá-lo; a água não pode molhá-lo; e que arma feita pelo homem poderia destruir o princípio imperecível, que veio da Luz do Infinito?”

(Será por isso que, toda vez que passo em frente a um cemitério e olho os grandes mausoléus, começo a rir e a lembrar-me de Krishna tocando sua flauta, namorando as gopis e dizendo para Arjuna, o seu discípulo-arqueiro?: “O espírito é imperecível! O fogo não pode queimá-lo; a água não pode molhá-lo; e que arma feita pelo homem poderia destruir o princípio imperecível, que veio da Luz do Infinito?”

22. A missão de todo homem é uma só: viver! E, se puder, fazer o melhor possível.

(Talvez, por isso, o grande sábio chinês Lao-Tzé ensinou o seguinte: “O sábio pode até andar vestido em andrajos, mas ele carrega uma jóia dentro do seu coração”).

P.S.: Escrevi esses toques conscienciais de forma despretensiosa e informal, de improviso mesmo, enquanto preparava o material de um curso aqui em casa. Fui escrevendo… E deu nisso!

Oxalá, os leitores possam peneirar algo bom nessas ponderações conscienciais.
E eu desejo que a cara de cada um vire sol, na aurora de um sorriso…
E que um Grande Amor possa preencher seus corações…
Compreensão e discernimento.
Amor e alegria.
Energias lindas na jornada.
Paz e Luz.
-Wagner Borges-
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